“Trezentos e sessenta e cinco dias.
Hoje a lembrança não é de um grande título, uma ótima vitória ou uma classificação memorável.
Um ano depois, podíamos relembrar um caso que não tem motivo e muito menos explicação, uma atitude de pessoas que jamais podem ser denominados torcedores.
Esse texto não pode ser utilizado para recordação de um fato melancólico, mas sim como homenagem a quem sempre respeitou a camisa verde, branca e grená e honrou a sua ideologia de amizade, apoio incondicional, amor ao clube e principalmente de respeito ao próximo, independente da forma em que o mesmo encontra-se trajado.
Nossa homenagem de hoje é para Pedro Lucas Scudieri, para os mais próximos, o Scudi.
Nosso amigo encontra-se em coma após retornar ao hospital para tratamento de uma bactéria, aos poucos já demonstra certa lucidez, mas ainda não despertou.
O Scudi representa o modelo de torcedor que a Bravo 52 identifica como o ideal e que o Fluminense certamente se orgulha em ter representando a instituição.
Da contagem de jogos com mando de campo no Rio de Janeiro a viagens de ônibus pelas fronteiras do sudeste ou ao Sul do país.
Pelas viagens de avião a Presidente Prudente ou Nordeste.
Até a locomoção a outros países, como o Paraguai, em meio a pedradas no Defensores Del Chaco com seu chinelo de dedo nos pés.
O torcedor que faz o possível para acompanhar bem próximo o clube em suma maioria conhece o Scudi, quem o não conhece, em seu retorno o procure, cada história, cada momento, cada risada ao seu lado em pouco tempo consegue demonstrar que o mesmo é único e uma personalidade da arquibancada tricolor.
Nos domingo de Maracanã lá estava Scudi usufruindo de sua garrafa de água de um litro e meio na mão e seus chinelos de dedo em mais um pré-jogo com muito debate envolvendo principalmente Fluminense e arquibancada. Nosso amigo faz parte do conselho de organizadores da torcida assim como é sócio contribuinte do Fluminense.
Não tinha inimizades, muito menos envolvimento em confusões ou atos de violência, seu ideal era apenas torcer, vivenciar grandes momentos ao lado dos amigos e cultivar grandes histórias.
Sua alegria contagiante desde as suas lendárias músicas desconectadas ao seus passos de dança desajeitados fazia de cada momento uma transformação de humor a todos em seu redor.
Hoje seu sorriso, antes visto como alicerce de paz e alegria, nos dá o sentimento de saudade e um misto de ansiedade com fé pela proximidade do seu retorno mesmo trezentos e sessenta e cinco dias depois.
Esperamos que os verbos conjugados no passado em breve voltem a se tornar rotinas e sejam conjugados no presente.
E por falar em presente, nós só queremos um:
Seu retorno as arquibancadas.
As mesmas agradecem,
O Fluminense agradece,
Nós agradecemos.
#ForçaScudi #ScudiVaiVoltar
Bravo 52″