No sábado, 4, o Fluminense disputou o último clássico da temporada de 2017. Com a vitória sobre o Botafogo, por 2 a 1, de virada, no Engenhão, o Tricolor encerrou a temporada com 4 vitórias, 5 empates e 7 derrotas, nos confrontos contra o Alvinegro, Flamengo e Vasco.

 
 
 

Infelizmente, a desvantagem nos duelos contra os rivais locais vem se repetindo ano após ano. Estamos chegando ao fim do sétimo ano sob comando da Flusócio, através dos presidentes Peter Siemsen (2011-2016) e Pedro Abad (2017-), e em somente uma destas sete temporadas levamos vantagem nos clássicos: no mágico ano de 2012, quando, com uma constelação de craques contratados pela patrocinadora, tivemos nossas últimas conquistas relevantes – os Campeonatos Carioca e Brasileiro. Naquele ano, o Fluminense obteve 7 vitórias, 3 empates e 3 derrotas contra os co-irmãos cariocas.

Em 2011, o Fluminense terminou o ano sem vencer um clássico sequer (5 empates e 5 derrotas nos 10 jogos contra Botafogo, Flamengo e Vasco) – uma façanha às avessas que não acontecia desde 1921, quando nem enfrentávamos o Vasco ainda, e o futebol ainda era um esporte amador no Brasil. O desempenho pífio nos clássicos do Brasileirão (2 empates e 4 derrotas) nos custou o bicampeonato, já que terminamos somente 8 pontos atrás do campeão Corinthians.

A “proeza” de 2011 se repetiu em 2013, com um desempenho ainda pior: 3 empates e 8 derrotas em 11 clássicos. Vale lembrar que, naquela temporada terrível, o Fluminense só não foi rebaixado no Brasileirão devido ao misterioso caso da última rodada, em que Flamengo e Portuguesa escalaram atletas suspensos, sendo devidamente punidos pelas infrações.

Em 2014, foram 9 clássicos, com 3 vitórias, 3 empates e 3 derrotas – desvantagem contra o Botafogo (que seria rebaixado) e o Vasco (que estava na Série B), e vantagem apenas contra o Flamengo.

Na temporada de 2015, houve mais 9 clássicos, com 4 vitórias e 5 derrotas – desvantagem contra o Flamengo e o Vasco (que seria rebaixado), e vantagem apenas contra o Botafogo, que estava na Série B.

Em 2016, foram 2 vitórias, 2 empates e 6 derrotas, nos 10 clássicos disputados – mais um ano em que tivemos desvantagem contra cada um dos três rivais do Rio de Janeiro, inclusive o Vasco, que estava na Série B e derrotou o Fluminense no único duelo do ano, em Manaus.

Nestes sete anos acumulados, o Fluminense levou desvantagem contra cada um dos três rivais, ainda que dois deles tenham vivido crises agudas, sendo até rebaixados no Campeonato Brasileiro. Contra o Botafogo, foram 28 jogos, com 9 vitórias, 7 empates e 12 derrotas; contra o Flamengo, houve 28 jogos, com 6 vitórias, 9 empates e 13 derrotas; contra o Vasco, foram 22 jogos, com 5 vitórias, 5 empates e 12 derrotas. Na soma dos clássicos, houve 78 partidas, 20 vitórias, 21 empates e 37 derrotas.

Por fim, cabe registrar que algumas destas nossas derrotas foram ocasionadas por erros grosseiros das arbitragens, especialmente as cariocas, que perseguem sistematicamente o Fluminense. No entanto, essas arbitragens tendenciosas também podem ser parcialmente colocadas na conta da diretoria do Fluminense, que há muito tempo é omissa e não consegue para o clube o tratamento isonômico que este merece, em relação a seus rivais.

As estatísticas demonstram que há um problema grave na forma como o Fluminense tem encarado os duelos contra seus três rivais locais. Será que é inteligente, por exemplo, não exercer o mando de campo nos clássicos? Será que a oferta de premiação aos atletas, o famoso “bicho”, ajudaria a reverter esse quadro? Será que exigir árbitros de fora do Rio de Janeiro não teria um efeito positivo?

Os dados ano a ano podem ser conferidos na tabela abaixo. Os retrospectos com todos os resultados da história dos clássicos podem ser conferidos nos links do Jornalheiros: Fluminense x Botafogo, Fluminense x Flamengo e Fluminense x Vasco.

Saudações Tricolores!