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Tricolor ilustre e um dos maiores cronistas do futebol brasileiro, Nelson Rodrigues já dizia: “O Fluminense nasceu com a vocação para a eternidade”. E ele estava certo, claro! Mesmo em período de “vacas magras” na última década, o clube das três cores que traduzem tradição ainda conquista novos corações a cada virada do calendário. O mais novo apaixonado da vez é Chicão, filho do jornalista Alex Escobar, da TV Globo. A novidade foi revelada pelo próprio apresentador em suas redes sociais em agosto, há pouco mais de dois meses. Em entrevista exclusiva ao NETFLU, Escobar, torcedor declarado do América-RJ, contou um pouco sobre o início da paixão de seu filho pelo Time de Guerreiros e como ele se tornou um “louco da cabeça”.

– A “parada” dele com o Fluminense surgiu porque ele queria uma alternativa ao Flamengo, porque todo mundo é Flamengo. A gente mora muito perto do Hotel Nacional, onde o Fluminense se hospeda, e ele via sempre o ônibus do Fluminense. Ele se encantou com o Fred e, na final do Carioca, no Fla-Flu, o Fluminense foi campeão. Aí foi derradeiro. Para você ver a importância de um título e de ídolos, porque ele é fã do Cano e virou tricolor definitivo mesmo. Além disso, tem uma influência do tio dele, o Celsinho, que é torcedor do Fluminense e deu uma camisa para ele. Essas coisas, claro, também alimentam – contou.

Após a repercussão da postagem, Mário Bittencourt, presidente tricolor, e o próprio perfil oficial do Fluminense no Instagram se manifestaram. O convite, claro, era iminente. Menos de um mês depois, em 10 de setembro, Chicão estava no Maracanã, convidado pelo próprio Fluminense, para a partida contra o Fortaleza, pelo Campeonato Brasileiro. E não é que o moleque foi pé quente? Com dois gols de Germán Cano, o Tricolor bateu os nordestinos por 2 a 1. Um dia inesquecível para Chicão, que debutou com vitória no Maraca e ainda conheceu seus ídolos de perto no vestiário.

– Foi a primeira vez dele no Maracanã. Ele ficou maravilhado, cara. Emocionado. Vibrou muito nos gols, muito. Ficou vermelho. Eu avisei ao Mário que a gente ia e ele já nos tinha convidado para ir ao vestiário. Eu fiquei muito feliz com a recepção que ele teve dos jogadores. Porque o vestiário é um espaço muito privado dos jogadores, tenho o maior respeito para não invadir o ambiente de trabalho dos caras. Não gosto de entrar. Eu entrei muito devagarzinho, respeitosamente. Tinha até falado para o Mário: “Se você quiser, o Chicão entra com você”. Ele falou: “Não, entra aí”. Mas ele foi muito acarinhado pelos jogadores e eu também fui muito bem recebido. Fiquei muito feliz com isso, porque a gente vive um tempo de uma separação tão grande entre jogadores e imprensa, uma coisa distante, quase que virando adversários, uma resistência grande. Foi um dia especialíssimo para o Chicão, ele guarda os ingressos até hoje. Ganhou uma camisa do presidente do Fluminense autografada pelo Fred, por alguns jogadores, o Cano que ele ama. Então foi um dia inesquecível para ele e para mim também. Você agrada o filho e agrada ao pai em dobro, né? – recordou Alex Escobar.

Chicão tem em Germán Cano seu maior ídolo no time atual do Fluminense. Com 39 gols, o argentino é o artilheiro do Time de Guerreiros em 2022. Muito da paixão do garoto pelo Tricolor é graças ao camisa 14, um dos pilares da equipe comandada por Fernando Diniz. Mesmo de casa, o filho de Escobar não deixa de acompanhar os jogos do Fluzão, algo que não é possível fazer com o América-RJ. Na Série B do Rio de Janeiro, o time do apresentador do “Globo Esporte”, escolha nº 1 dos torcedores cariocas na hora do almoço na TV aberta, segue atravessando dias complicados e, segundo o próprio jornalista, sem previsão de voltar a viver seus tempos de glória.

– Sempre deixei claro para ele (Chicão) que o América era muito fraco. Eu mesmo já estou super desanimado. O América está muito mal. Sétimo lugar na Série B do Rio esse ano. Sem nenhuma perspectiva de melhora. Muito difícil. Não quero que ele sofra desse jeito não (risos). O Chicão acompanha os jogos do Fluminense, mas ainda tem uma certa dificuldade em continuar assistindo quando as coisas não estão dando certo, sabe? (risos) Quando toma um gol, 1 a 0 para o adversário, ele fica nervoso. O que mostra que ele já está apaixonado mesmo – admitiu Escobar, acrescentando:

– Mas ele acompanha, conhece o elenco e, inclusive, já tirou foto com vários deles, então ele fica reconhecendo os jogadores em campo. Se amarra no André, gosta do Fábio. Ele quer ser goleiro, né? Leva jeito, inclusive. Então ele gosta do Fábio pra caramba. Mas sem dúvida o grande ídolo dele no elenco é o Cano. Ele se amarra. É a foto que ele tem mais carinho, mostra para os amigos etc – complementou.

Pode-se dizer que Chicão inicia sua trajetória como torcedor do Fluminense com o pé direito. Neste ano, o Tricolor foi campeão carioca e fez boas campanhas na Copa do Brasil (chegando na semifinal) e no Campeonato Brasileiro (atualmente está no G4, em 4º lugar). Só decepcionou mesmo nos torneios continentais. Já garantido na Libertadores em 2023, será que o jovem tricolor traz o tão sonhado título da América na próxima temporada? Se trouxer, vai precisar de muito mais do que só um cafezinho para a torcida celebrar a realização desse sonho, não é não, Escobar?!