(Foto: Felipe Santos - Ceará)

Jogador que passou pelo Fluminense em 2015, Vinicius, o Vina, tentará jogar água no chope da despedida de Fred, sábado, no Maracanã, pela 16ª rodada do Campeonato Brasileiro. Atualmente a serviço do Ceará, o meia falou com exclusividade ao NETFLU sobre o reencontro com os tricolores, a respeito do próprio Fred e muito mais. Confira a íntegra do papo com o jogador:


NETFLU – Qual é a sua expectativa para esse reencontro com o Fluminense neste jogo onde o Maracanã terá 70 mil torcedores para a despedida de Fred?

 
 
 

VINA – A expectativa é que será um grande jogo, tanto em campo quanto na arquibancada. Todo mundo sabe o carinho que tenho pelo Fluzão, e é sempre especial jogar esse jogo. E tem um outro motivo que será a despedida de um dos grandes jogadores que tive a felicidade de jogar junto. Fred me ensinou muita coisa e só tenho que agradecer por tudo que ele fez por mim e pelo futebol.

NF – Espera ser vaiado pela torcida quando pegar na bola? Como costuma ser esse encontro com os tricolores quando ele acontece?

VINA – Sinceramente espero, mas penso que será mais para tentar me desestabilizar do que qualquer outra coisa. O encontro sempre costuma ser maneiro, os profissionais que ainda estão no clube da minha época me tratam muito bem e vejo o carinho deles comigo, que é recíproco. Então, espero que assim seja mais uma vez com muito respeito.

NF – Na última vez que conversamos, você me disse em off que havia se acertado com o presidente Mário Bittencourt, por conta da polêmica que envolveu a sua saída do Fluminense no passado. Vocês fizeram as pazes mesmo? Como foi isso?

VINA – Está tudo esclarecido. Num jogo do Brasileiro de 2020 no próprio Maracanã, onde o jogo acabou por 2 a 2. Antes do jogo conversamos e tanto ele quanto eu pedimos desculpas um para o outro, reconhecemos que amadurecemos ao longo do tempo e que tanto ele quanto eu, não guardamos rancor. Ele me parabenizou pelo trabalho que venho fazendo no Ceará e eu fiz o mesmo pelo fato dele ter virado presidente do Fluminense.

NF – Agora falando sobre o jogo: qual é a maior preocupação que vocês têm? Quais são os pontos fortes do Fluminense nesse momento, na sua visão?

VINA – Temos acompanhado que o time se encaixou com o Fernando Diniz. A gente sabe também que o Cano vive um momento muito bom, assim como o Ganso. Mas acredito que o conjunto está forte e com muita posse de bola que é uma característica dos times do Diniz. Vamos ter que traçar uma estratégia bem elaborada pra poder neutralizar alguns pontos do Fluminense mas também explorar algumas deficiências. Será um jogo bem estudado e tem tudo pra ser um grande jogo.

NF – Na última quarta, o Ceará emitiu uma nota manifestando seu apoio ao Projeto de Lei 1153/19, que sugere mudanças na Lei Pelé. Muitos jogadores do clube, incluindo você, foram contra a mudança na lei. Isso pode interferir de alguma maneira dentro de campo para o jogo contra o Fluminense?

VINA – De maneira alguma. Já é um assunto encerrado dentro do clube.

NF – Como o Ceará vai se comportar para esse jogo? Será uma equipe mais reativa?

VINA – Ainda não sabemos a estratégia. Fizemos um recovery nesta quinta-feira e teremos um único e último treino antes do jogo. Com certeza Marquinhos e sua comissão já estão vendo qual o plano e também os 11 iniciais para este jogo. Mas independente de como e quem vai jogar. Vamos procurar sair com um resultado positivo no Maracanã.

NF – Você acha que um meio de campo formado com Ganso e Vinícius daria liga?

VINA – Acho ele um grande jogador. Jogador técnico, sabe se posicionar, acredito que ia dar uma bela dupla de meio campo (risos).

NF – O que mudou do Vina do Fluminense para o Vina do Ceará, dentro e fora de Campo?

VINA – Bastante coisa. Hoje sou pai, casado, mais maduro. Com tudo que aconteceu no Fluminense me fortaleceu e fez eu aprender demais. E foi um processo onde exigiu demais de mim. Hoje me conheço muito mais como atleta, como jogador. Procuro trabalhar muito no que sou falho, pra cada vez mais estar em alto nível. Jogar num calendário igual o nosso exige muito profissionalismo. Mas não me arrependo do que vivi, acredito no propósito de Deus. Tudo tem um porque. O que fica do Fluminense é o carinho e a honra de um dia ter vestido essas cores.