– Primeiro a gente tem que ter um leitura do jogo. A gente já vinha de um resultado adverso no primeiro jogo, difícil, complicado. Daí a gente chega no Maracanã e com dez minutos a gente sai atrás. Depois conseguimos virar da forma que viramos. Chegamos na prorrogação e era difícil ter um psicológico, preparação e tendo de correr atrás do resultado. É natural que a gente tivesse sentido psicologicamente, até porque se a gente tomasse outro gol, ficaria ainda mais difícil. Não é que o time recuou, mas a gente foi até o limite para buscar o resultado e depois tivemos de ter um pouco de inteligência para administrar o jogo. Infelizmente não fomos felizes nos pênaltis – contou.
O time do Fluminense na ocasião era muito forte. Contava com jogadores de peso como Thiago Silva, Gabriel, Washington, Conca, Cícero, Thiago Neves, Dodô… Porém, a escalação de Ygor na cabeça de área volta e meia era alvo de reclamações dos tricolores. Junior Cesar afirma respeitar a decisão do treinador Renato Gaúcho.
– O Renato (Gaúcho) tinha as suas convicções, escolhas. E naturalmente tem que respeitar o treinador em relação a isso. O Ygor era um jogador importantíssimo. Cada um tem uma maneira de pensar, argumentar. Tinha o Dodô, que ficou no banco, por exemplo. Todos tinham uma importância. Ele era o cara que marcava e roubava as bolas e depois entregava para quem tinha que entregar – defende.
Mais um ponto a ser lamentado por todos os tricolores foi o pênalti claríssimo ignorado pelo árbitro argentino Hector Baldassi em Washington no Maracanã. Se ele tivesse marcado, evidentemente que a história da decisão poderia ter sido diferente. Ainda assim, Junior Cesar adota um tom político a respeito da decisão do juiz.
– É difícil argumentar sobre arbitragem. Você não pode fazer avaliação em cima. Lembro do lance totalmente polêmico, mas ele como árbitro tem autoridade de marcar o que ele vê. Infelizmente ele deve ter visto, mas não entendeu que a jogada era penalidade – falou.
Revelado pelo Fluminense, Junior Cesar teve duas passagens pelo clube. No total, fez 228 jogos e seis gols pelo Tricolor das Laranjeiras. Foi campeão carioca em 2002 e da Copa do Brasil em 2007.