Antes mesmo do término da temporada e de definir a permanência, Abel traçou o plano para 2018: começar a temporada com 80% a 85% do grupo formado. Lucas, Pierre e Orejuela saíram, nenhum reforço chegou. Autuori terá de colaborar para atender ao pedido do treinador com criatividade dada a falta de recursos para adquirir reforços. As prioridades são:
Há pouco tempo, afinal, a reapresentação está marcada para 3 de janeiro, a viagem aos EUA é seis dias depois e a estreia no Carioca no dia 17.
Desde que foi anunciado, Autuori começou a trabalhar. Fez reuniões com a cúpula tricolor, se inteirou das negociações abertas e já visitou o CT.
Ele irá participar da resolução das situações de, especialmente, Gustavo Scarpa e Wellington Silva, com negociações em curso para sair. Henrique e Henrique Dourado estão valorizados no mercado – podem receber propostas – e ainda há o caso de Wendel.
Se Abel ficou e Autuori topou entrar, o Flu não é um projeto ruim. É assim que a direção pensa: os dois não iriam arriscar a reputação em algo fadado ao fracasso. Autuori, aliás, é visto com estofo para cobrar resultados e gerir a relação dos atletas com a direção. E aqui há um detalhe: administrar o incômodo dos constantes atrasos salariais. Um mês na CLT e quatro de direitos de imagem, sem falar em férias e 13º de 2016 e 2017.
A torcida chegou junto em diversos momentos da temporada 2017. Na final do Carioca, na campanha da Sul-Americana e na reta final para evitar queda no Brasileirão. Claro que houve protestos, mas o apoio foi a tônica. O que não esconde a frustração com a falta de melhores resultados e a desconfiança em uma temporada melhor. Mostrar trabalho além de passar confiança ao torcedor é mais uma missão do novo diretor executivo.