(Foto: Photocamera)

Um dos atletas mais vencedores da história do Fluminense, com dois títulos Estaduais, dois Brasileiros, uma Copa do Brasil e ainda participações nos vices da Libertadores e Sul-Americana, o goleiro Ricardo Berna concedeu entrevista exclusiva ao NETFLU. O ex-atleta falou sobre a melhor fase de sua carreira, no Brasileirão de 2010, sua relação com Fernando Henrique e, posteriormente, Diego Cavalieri, concorrentes de posição, e a vontade que tinha de vestir a camisa da Seleção Brasileira.

– Eu sempre fui um cara muito amigo de todo mundo, mas não era simples conviver comigo. Eu não comunicava muito bem aquilo que eu sentia. Eu tinha que me tornar mais competitivo e isso se tornou uma obsessão pra mim. Meu objetivo era chegar à seleção e vencer no clube. Só não consegui a seleção. Meus resultados no clube poderia ter sido melhores se se tivesse maturidade profissional. Não vou dizer se houve injustiça ou não, mas muitas coisas não me deixaram satisfeitos. E eu sempre fui muito autêntico. Depois de tanto tempo, consegui despontar e assumir a titularidade. E foi justamente quando chegou o Cavalieri contratado. O Fernando (Henrique) tinha todo apoio dentro do clube e não tinha apreço da mídia. Chegaram a contratar o Diego, que não deu certo. Aconteceram alguns arranca rabos, mas tudo dentro de um cenário saudável. Quando o Cavalieri veio eu já estava ali no meu último ano de contrato, se eu não me engano. Certamente eu tinha a posição de que não renovariam comigo. Só eu sabia, mas eu pensava em continuar. Tudo o que eu passei no período anterior, sendo injustiçado em algumas situações, aguentei calado. Eu acreditava que poderia mostrar meu valor dentro de campo e foi o que aconteceu com o Muricy. Em 2007, eu comecei jogando a Copa do Brasil e depois fui deposto pelo Joel Santana e não entedia porque aquilo aconteceu. Mexeu muito comigo, mas tentei me manter firme. Toda treinador que chegava tinha uma preferência. Eu tinha sempre que recomeçar e era um processo constante pra mim.