Mário falará com jornalistas após treino do Fluminense marcado para 9h (Foto: Lucas Merçon - FFC)

Um dos principais problemas para o Fluminense atualmente é a quantidade de processos que responde. Por isso, tem de pagar a antigos credores e sofre com penhoras. A bola de neve acaba gerando atrasos de salários e insatisfação de quem está no clube. Ao assumir a presidência, Mário Bittencourt sabia disso tudo. Ele conta como está sendo feito o trabalho para tentar controlar a situação.

– A gente já monitorou todos os processos com possibilidade de penhora. Alguns que já existiam e outros que podem virar execução. O que estamos fazendo agora é pegar processo a processo, credor a credor e apresentar um fluxo de pagamento com carência. Não tem outra situação. É uma escolha de Sofia: ou se paga quem está aqui ou se paga os processos – disse.

 
 
 

Por conta de tais problemas, Mário Bittencourt aceitou vender o mando de campo de partida diante do Corinthians, pelo Campeonato Brasileiro. O jogo seria no Maracanã e acontecerá no Mané Garrincha, em Brasília. Por mais que não goste, o presidente admite que precisou usar do artifício para receber um dinheiro importante.

– Foi por isso que vendi o mando de campo do jogo contra o Corinthians. Não concordo com isso de forma conceitual, mas havia 90 dias de atraso e tive de fazer. Outra foi o bônus do João Pedro (pela venda ao Watford) – explicou, emendando:

– Digo isso tudo para falar que o outro caminho é pegar dinheiro emprestado. Não quero deixar isso para o próximo. Fora do Ato Trabalhista, temos umas 200 ações trabalhistas. E umas outras 100 cíveis. Isso tudo representa uns R$ 300 milhões, valores aproximados.

Por conta da série de problemas, Bittencourt afirma ter montado um time para focar unicamente nas ações judiciais. O presidente, que também é advogado, admite nem sempre ser possível controlar os credores, mas espera reduzir ao máximo os problemas.

– Eu seria leviano se falasse que não sabia disso. A gente montou uma equipe. Montei um gabinete de crise e monitora isso como se fosse controlador de voo. É óbvio que tem coisa que escapa. Tem gente que não aceita conversar, não consigo controlar todo mundo. Tento mostrar que a instituição mudou. E evitar ao máximo se construir novas dívidas. A gente está caminhado bem. Volto a apelar ao Sócio Futebol – falou.