(Foto: Divulgação/Porto)

Há dois anos no comando do Fluminense, Mário Bittencourt falou sobre a situação financeira do clube. Não é segredo para ninguém que o Tricolor tem uma enorme dívida, mas também é credor. O presidente citou uma dívida do Porto, de Portugal, por conta da venda de Evanilson e explicou por que não vai à Fifa.

Em virtude do cenário de crise mundial agravado com a pandemia do novo coronavírus, Mário Bittencourt vê diversos clubes de todas as partes passando pelos mesmos tipos de problemas.

 
 
 

– Às vezes, por que atrasa o salário? Eu tenho que explicar isso para o jogador: se tem o dinheiro na conta, por que não paga? Porque alguém dentro desses R$ 700 milhões (de passivo), que não tem acordo, vem e “puff”, mata meu fluxo de caixa. (…) Ano passado, quando a gente vendeu o Evanilson e o Gilberto, um dia os jogadores pediram uma reunião: “Poxa, presidente, salário está atrasado, vimos em uma matéria no jornal que o Fluminense vai receber tanto”. Só que eles achavam que iríamos receber à vista. Aí expliquei para eles que as vendas eram parceladas em três anos. A gente só recebeu 50% da primeira parcela do Porto pelo Evanilson. Por causa da pandemia, o Porto também não está pagando a gente – disse, emendando:

– Aí vale a pena ir para a Fifa, pagar não sei quantos mil de francos suíços, ou tentar ser com o Porto o que eu quero que as pessoas sejam comigo? Então faço a mesma coisa. Foi o que aconteceu quando o Orejuela foi vendido para o Querétaro. Eles tinham que pagar U$ 1,5 milhão de dólares para a gente, botaram no papel, mas depois ligaram para a gente dizendo: “Olha, não vai dar, não, vamos ter que pagar em 10 parcelas”. E não estão nos pagando. Mas da mesma forma a gente faz o quê? Notifica, aí eles pagam uma… O mundo inteiro está na mesma situação.