O fato do clássico contra o Vasco ser levado para o Engenhão não é o único problema detectado por Mário Bittencourt na atual edição do Campeonato Carioca. O vice de futebol do Fluminense revela surpresa por ter visto uma voz muito ativa de Eurico Miranda, presidente do rival, em reuniões da Federação de Futebol do Rio de Janeiro (Ferj), mesmo quando não havia a presença de Rubens Lopes, mandatário da entidade. O dirigente tricolor vê o futebol do Rio em um momento ruim.
– A gente não teve nenhum fato concreto e sem caso concreto não vou especular. O que nos causou espanto foi, em algumas reuniões, onde o presidente da Ferj não esteve presente, o Eurico comandou algumas reuniões. Não causou estranheza só a nós, mas a outros representantes de clubes também. Mas, se eu acreditar nisso, é melhor a gente tomar outro caminho. O que a gente lamenta é ter de conviver mais uma vez com essas discussões do passado, que achamos que tinham sido extintas. Acho que o futebol carioca devia estar mais preocupado em olhar para discussão de valores, financeiras, com o fato de recentemente dos clubes cariocas estarem caindo. Tirando a questão de Fluminense e Flamengo, há muito tempo que Botafogo e Vasco que não figuram entre os primeiros colocados do futebol brasileiro. A gente é adversário, mas não é inimigo. Os quatro clubes grandes precisam sempre estar fortes para que possam progredir. Imagine na cabeça do investidor, que o Fluminense está fora do estádio do qual ele fez um contrato de 35 anos, por conta de uma atitude unilateral da Federação, por conta de uma discussão de lado da torcida – disse.