Diretoria olha para futebol argentino e colombiano com carinho (Foto: Lucas Merçon - FFC)

Marcos Paulo está de saída do Fluminense. O atacante já assinou pré-contrato com o Atlético de Madrid, da Espanha. Em entrevista ao SporTV, o presidente Mário Bittencourt recordou toda a situação envolvendo o jogador e explicou o que pleiteia junto aos espanhóis para que o Tricolor ainda recebe alguma coisa.

— O Marcos Paulo na renovação de três anos ainda na gestão anterior, ficou com um percentual dos seus direitos. Com certeza foi uma demanda dele e seus representantes. Tínhamos três janelas quando chegamos à gestão, a de janeiro de 20, junho de 20 e janeiro de 20-21 e finalmente o término do contrato. Tivemos uma conversa com os representantes no início de 20. Não houve proposta porque era interesse dele jogar na Europa. Seu estafe esperava a janela do meio de 2020 e acreditavam que teria mercado. Não esperávamos a pandemia de coronavírus e que tudo parasse. Deixamos uma nova conversa marcada para um futuro próximo ali. O mercado ainda estava aquecido, os empresários garantiam que chegaria uma proposta. O primeiro a ter um contato, não proposta, foi um clube da Rússia. Naquele momento falaram em um valor que considerávamos interessante. Mas ele e seus representantes já avisaram que ele não jogaria na Rússia de forma nenhuma. Nem adiantava fazermos a venda. Em abril ou maio ele iniciou conversa com o Lille, da França. Essa semana saiu notícia que foi o Olympique e isso é mentira. Permitimos que iniciassem a conversa. Chegaram a um denominador comum em relação a salário. Disseram que faria uma proposta para o Fluminense, maior até do que do clube russo. Esperamos em maio e junho, mas isso não chegou. Segundo os empresários, porque o Lille fechou com outro jogador na Europa. Não esperávamos que a Fifa estendesse a janela para outubro. Então fizemos novo contato com seus representantes para renovar por quatro anos. Fizemos uma proposta bem interessante. Não falo em valores para preservar o atleta. Ganharia no total do pacote mais que o dobro do que recebe, com luvas e tudo. Ele falou que queria esperar a janela de outubro. Seguimos esperando a janela de outubro. Dois dias antes de fechar, recebemos a única proposta oficial. Do Torino. Era 1 milhão de euros (R$ 6,5 milhões) pelo empréstimo com obrigação de compra, no valor de 5 ou 6 milhões (R$ 32 milhões ou R$ 39 milhões). Achamos interessante. Até porque o contrato estava para acabar. Ficamos discutindo em relação ao parcelamento. Ninguém mais compra à vista. O que conversamos era para diminuir um pouco o parcelamento. Até para sanar nossos problemas financeiros. No último dia, fomos informados por eles que haviam contratado outro jogador – disse, prosseguindo:

 
 
 

— Na janela de outubro, fizemos uma nova proposta ao jogador. Por mais que façamos proposta, jamais chegaremos perto dos clubes europeus. Tivemos uma conversa aqui na minha casa, com atleta, família e representantes. E ele falou que não tinha interesse em esperar a Europa. Ele assinou pré-contrato com o Atlético de Madrid, mas ainda tem contrato com o Fluminense. Olha como é cruel. Ainda não temos ciência dos termos. O que estamos tentando acertar. Ir diretamente para lá agora em janeiro. Para recebermos algum valor ou manter algum percentual para vendas futuras. Ficar com algum pedaço do jogador para liberar ele agora. Indo agora ou em junho, o Fluminense recebe o training compensation. A ideia também é receber a training compensation agora, que é algo em torno de 500 mil euros e ficar com percentual para uma venda futura.