(Foto: Lucas Merçon)

São 14 gols sofridos em 21 jogos, média de 0,66%. Ano passado, por exemplo, às vésperas da estreia no Campeonato Brasileiro, o time sofreu 13 gols, mas em 17 jogos. À época treinado por Abel Braga, o Fluminense atuava num esquema de jogo com três zagueiros, um 3-5-2, que privilegiava justamente a retaguarda, que tinha sido um pesadelo durante 2017. Com Fernando Diniz, o Flu joga num sistema mais usual, com a tradicional dupla de zaga.

A “superação” do sistema defensivo tem ainda mais valor pelo contexto. As saídas de Gum, que não teve seu contrato renovado ao término de 2018, e Roger Ibañez, vendido à Atalanta, da Itália, logo após a vitória por 4 a 0 contra o Americano pela segunda rodada da Taça Guanabara, deixaram lacunas no ponto de vista técnico e de liderança. Perfis estes que têm sido preenchidos por Matheus Ferraz e Nino. O primeiro teve que driblar a desconfiança pela idade (34 anos) e pelo fato de ter sido rebaixado com o América-MG para a segunda divisão do Brasileirão na temporada anterior. Já Nino passou por uma série de pendências até ser oficializado pelo clube. Ele vinha sendo monitorado pelo departamento de scout e, segundo o clube, “possui virtudes que se encaixam no perfil desejado por diretoria e comissão técnica”.