Foto: Armando Paiva

Candidato à presidência do Tricolor pela chapa “O Fluminense me domina”, Mário Bittencourt vem sofrendo diversas críticas de adversários políticos, principalmente por conta de documentos que apontam supostas ligações do advogado com gestão empresarial. O mesmo já respondeu em diversas ocasiões acerca do tema, negando qualquer relação com agenciamento de atletas de futebol. Mas não para por aí. Além disso, militâncias contrárias à campanha de Mário dizem, em tom de ironia, que o ex-vice de futebol deve acabar com o desemprego no Rio de Janeiro.

Segundo especulações de membros de chapas rivais, Mário Bittencourt estaria oferecendo cargos para ex-atletas e empresários de todas as áreas, como os que compõem o Base Tricolor, em troca de apoio. Engajado na tentativa de ser o novo presidente do Fluminense, o advogado rechaçou, explicando uma de suas propostas.

 
 
 

– Diferente da atual gestão que ignora os ex-atletas e a história do clube, nós criamos um projeto que está em vídeo e em nosso site de campanha para poder qualificá-los e também para termos a licença de imagem deles em uso de ações de marketing. A indignação de quem não tem nenhum projeto e não faz campanha é normal. Talvez seja por isso que ele (Pedro Abad, candidato da situação) não possui o apoio dos ex atletas. Esse Fluminense atual é um Fluminense sem alma, sem paixão. Um Fluminense frio e calculista. Se mandaram o maior ídolo do clube dos últimos 30 anos embora pela porta dos fundos do clube, imagina o que não fazem com aqueles que já saíram há tempos? – questionou.

Quanto ao ex-grupo de Pedro Antônio, o Base Tricolor, Mário Bittencourt conta que os apoios não se dão baseados em premissas de vantagens financeiras.

– No que se refere ao Grupo Base, assim como outros grupos que compõem a nossa chapa, terão sim vagas no conselho deliberativo como em outros setores do clube. Todas não remuneradas. Nosso conselho deliberativo será extremamente qualificado e por isso alguns membros do grupo farão parte. Nosso conselho terá advogados, juízes de direito, promotores, grandes empresários, pessoas da arquibancada, do clube social, do esporte olímpico e etc. Enfim, um Fluminense unido, diferente desse atual com um claro projeto de poder de um único grupo que segregou pessoas e passou seis anos mentindo. Aliás projeto esse que se transcreve nas atitudes de um presidente que mente. Lamentável que tenham transformado o Fluminense numa escola de mentiras. Veja a diferença de nossa campanha. Temos propostas e projetos para todas as áreas do clube. E eles? Um projeto de poder com um triunvirato inelegível. Um candidato com ressalvas, um presidente que não pode mais se eleger e um terceiro que tentou mudar as regras do jogo para benefício próprio.

É importante lembrar que, no mês passado, o ex-jogador Ronald, atualmente taxista, deu uma entrevista ao portal Uol Esportes, salientando que sonhava em trabalhar no Fluminense e que esta oportunidade poderia acontecer através do candidato da chapa “O Fluminense me domina”.

– Ser treinador aqui no Rio está muito difícil, clube pequeno você trabalha, mas às vezes não recebe. Eu estou numa expectativa muito grande da nova eleição que haverá no Fluminense, em novembro. Tem um candidato, o Mário Bittencourt, falou que sendo eleito, ele vai olhar com bons olhos para ex-jogadores, o clube sempre busca capacitados e me vejo assim por ter trabalhado em vários clubes. É o meu sonho trabalhar no Fluminense – frisou na ocasião.

Em resposta à declaração, na época, Mário explicou que o atleta havia interpretado errado o projeto que consta no vídeo abaixo: