Nestor era conhecido como "Liquidificador Humano" (Foto: Divulgação)

Uma enquete do portal “Globo Esporte” teve o jogo entre Fluminense e Peñarol (URU) pela Copa Rio de 1952 eleito como o maior jogo da história do clube (à frente da do Fla-Flu do gol de barriga e da vitória por 3 a 1 sobre o São Paulo na Libertadores de 2008). À época, o Tricolor superou um time uruguaio que era a base da seleção campeã da Copa de 1950 (no famoso Maracanazo) por 3 a 0. Um dos últimos vivos daquela equipe, o ex-zagueiro Nestor, hoje com 91 anos, comemora e se emociona com o reconhecimento por parte dos torcedores.

– Não sei nem explicar, é uma coisa fora de série. Sou honrado. Foi uma honra para mim participar desse time. Zezé Moreira, Castilho, Píndaro, Telê, Didi, Bigode, Orlando Pingo de Ouro, Pinheiro… Eu era reserva do Pinheiro, já viu? Pinheiro na época era assombração. Morreu todo mundo, acho que o único vivo sou eu – contou o ex-jogador.

 
 
 

Reserva de Pinheiro, Nestor se diverte ao recordar daqueles tempos e ver recorte de jornal no qual foi apelidado de “Liquidificador Humano”.

– Só tinha craque, o pior era eu (risos). Só sabia bater, meu apelido era liquidificador humano, saiu no jornal – afirmou, dando risadas e se divertindo.

Para Nestor, ainda que a Fifa não reconheça, o Fluminense é, sim, campeão mundial de 1952.

– Sim, sou campeão mundial de 52. E me sinto orgulhoso – falou.

O jogo do Fluminense contra o Peñarol foi o último da primeira fase. Antes, o Tricolor havia empatado em 0 a 0 com o Sporting (POR) e vencido o Grasshopper (SUI) por 1 a 0. Na fase de mata-mata, toda disputada em dois jogos, o Tricolor superou o Austria Viena (1 a 0 e 5 a 2), na semifinal, e o Corinthians (2 a 0 e 2 a 2), na decisão. Nestor chegou a entrar na partida decisiva diante dos paulistas.