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Mais polêmicas. Envolvida em pressão de clubes pelo retorno do público nos estádios, ação de governantes – como o prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, candidato à reeleição – e protestos antecipados – como do corintiano Andrés Sanchez -, a CBF ainda aguarda resposta do Ministério da Saúde sobre a proposta de retorno de torcedores em jogos de futebol.

O Governo Federal tem em mãos documento da CBF, mas, até a noite dessa sexta-feira, ainda estava avaliando a proposta, conforme informou, em nota, a assessoria de imprensa do Ministério da Saúde. A proposta é de até 30% de público nos estádios, apenas com torcida mandante.

A reformulação da posição da CBF vem dois meses depois de manifestação do presidente da Comissão Nacional de Médicos de Futebol, Jorge Pagura. Em entrevista ao podcast “Jogo em casa”, do portal GE, ele lembrava que não acreditava em público tão cedo em campo de futebol.

– Acho que só depois da vacinação e com vacina comprovada. O que temos no momento é o barulho do silêncio. É uma doença muito nova. Todo mundo sabe. Eu ouvi uma frase, que não é minha, mas que diz: ‘Futebol sem torcida não é nada, mas hoje é tudo’. Precisamos retornar, mas o retorno precisa ser com responsabilidade – comentou na ocasião Pagura, em entrevista aos repórteres Guilherme Pereira e Martin Fernandez.

A CBF tenta administrar a questão e não se manifesta ainda sobre o assunto. Internamente, a avaliação é de que é preciso buscar entendimento entre os clubes para retorno simultâneo de torcida – quando houver a liberação.