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O Rede Globo, detentora dos direitos das principais competições do país, incluindo Estaduais e Campeonato Brasileiro, não vai pagar a última parcela referente a cota do Carioca, orçada em R$ 22 milhões. Em função disto, segundo o jornalista Venê Casagrande, do O Dia, os clubes do Rio, em documento assinado pelo presidente da Ferj, Rubem Lopes, enviaram uma carta à emissora questionando a medida. Além isso, foram dados os seguintes argumentos para a Globo refugar a posição:

1- a ação é contrária a própria postura inicial do Grupo Globo ao noticiar que manteria os pagamentos no intuito de contribuir, em parte, com os percalços gerados pela pandemia e de todas as ações objetivando a preservação de empregos que estão sendo preconizadas e colocadas em prática;

 
 
 

2- inadimplir nunca foi prática do Grupo Globo ao longo de mais de duas décadas de simbiose com o “Campeonato Carioca”;

3- seria injusta e até mesmo madrasta uma comunicação de suspensão de pagamento praticamente na semana de fazê-lo e quando até o dia 30 de março, como propaganda da venda de pay-per-view a TV manteve a divulgação do retorno do campeonato;

4- o campeonato está programado para ser concluído tão logo seja permitido o reinício das atividades do futebol, conforme sinalização da própria CBF e de todos os clubes integrantes da disputa;

5- o prazo da “Proposta”, vigente por mais alguns anos, garante ao Grupo Globo, em cotas futuras, qualquer compensação necessária pela não entrega do produto de 2020, tornando injustificada, nesse momento de extrema necessidade social e fator de sobrevivência de toda a cadeia produtiva do futebol do RJ, a retenção integral da 4ª (quarta) Cota de Tv que seria paga em 05/04/2020;

6- os efeitos imediatos do não pagamento atingem de morte os chamados pequenos clubes e numa reação em cascata, o desemprego e a inatividade de mais de 1.000 atletas e demais profissionais que acreditaram e dependem dos recursos da “Proposta” relacionada ao “Campeonato Carioca”;

7- os efeitos imediatos do não pagamento inviabilizam os salários de praticamente 60% dos atletas atualmente registrados no Estado do Rio de Janeiro, interrompem qualquer negociação de acordo para esses pagamentos e propiciam demandas judiciais futuras, agravadoras das dificuldades financeiras atuais.