O tema principal da última semana, quando o Fluminense estava em voga, não era a derrota para o Palmeiras ou grande número de desfalques. Tendo pedido para não entrar em campo diante do time paulista, Richarlison, que é pretendido pelo Porco, foi alvo de muitas críticas, assim como seus empresários. O Tricolor também não foi aliviado, por ter exposto a situação, bem como o Palmeiras. Em post no blog “Esporte Legal”, ligado ao portal Globoesporte.com, o advogado José Eduardo fala sobre a situação, criticando todo o contexto.

Confira na íntegra:

 
 
 

“É difícil saber quem comete mais erros na disputa entre o atacante Richarlyson e o Fluminense.

Primeiro, o atleta se nega a cumprir com suas obrigações trabalhistas, como se uma simples manifestação do próprio, de que não se encontra integralmente apto ao cumprimento de seus deveres, fosse suficiente para o isentar de seus compromissos profissionais.

Se você é empregado, já se imaginou informando a seu chefe que não tem condições de cumprir suas obrigações profissionais naquela semana, em decorrência de problemas pessoais de quaisquer naturezas???

Pois bem, ao invés de se portar como qualquer empregador e impor ao seu contratado as sanções que a legislação lhe faculta, o clube permite que o atleta se ausente de seus deveres, por conta de uma potencial negociação com outro clube brasileiro, no caso o Palmeiras, exatamente, na semana da partida entre ambas as equipes.

Além de não exigir que o atleta se apresentasse, nem o punir por seu descompromisso, o clube se abre a uma disputa de versões com o atleta via redes sociais, exteriorizando a todo o mundo uma discórdia que deveria, obviamente, ter sido gerenciada e controlada internamente.

Moral da história:

a) o atacante encontra-se em delicada situação com o elenco;

b) ficou ainda pior a situação do atleta com a torcida tricolor, que o acusa de ser ingrato e mercenário;

c) o Flu informa que não condições de negociação com o Palmeiras, independentemente do valor ofertado.

d) ou seja, após todo o desgaste pessoal e institucional, o atleta pode retornar insatisfeito e contrariado ao elenco e o clube, notoriamente, em dificuldades financeiras, ficar privado de uma receita milionária com a sua transferência.

Em suma, por enquanto, perdem todos os envolvidos! Definitivamente, um “case” clássico de como não se gerenciar situações de crise no futebol.”