Foto: Mailson Santana/FFC

A chegada de Paulo Autuori modificou o ambiente no Fluminense. Reportagem do site “Globo Esporte” informa que o diretor esportivo do futebol tirou das costas de Abel responsabilidades extracampo e trouxe tranquilidade aos jogadores, que conviviam até bem pouco tempo com consecutivos atrasos salariais.

Segundo o portal, Autuori vem cuidando desde tarefas básicas, como aprovar nomes para coletivas, até questões de logística e problemas maiores, como dialogar atrasos salariais com os atletas.

 
 
 

Essa missão, em 2017, era de Abel, que fazia a mediação com a diretoria, mas isso o sobrecarregava, já que sua função principal é a de treinar e escalar o time. Após a vinda de Autuori, o treinador está, inclusive, “mais leve”.

A atitude de Paulo Autuori em considerar deixar o cargo caso o Fluminense não cumprisse a promessa de quitar os débitos até o último dia 31 não soou internamente como ameaça, mas sim como uma forma de mostrar aos atletas que ele confiava na palavra da direção. Resultado: ganhou os dois lados.

A relação interpessoal tem sido o ponto forte de Autuori nestes primeiros meses de clube. De perfil conversador e conciliador e com uma linha de pensamento sólida tem trazido mais tranquilidade ao ambiente até então carregado do clube.

A bagagem de mais de 40 anos de futebol pesa na maior experiência do diretor para lidar com tais situações se comparado ao gerente de futebol do Flu no ano passado, Alexandre Torres, que encarava seu primeiro ano na função.

Além disso, embora não participe de negociações por contratações (contatos com empresários, conversas sobre valores etc.), participa do levantamento de nomes junto a Abel Braga e ao conselho que toca o futebol. E tem feito indicações que se concretizaram, como nos casos do goleiro Rodolfo, do lateral Léo e do volante Jadson, com quem trabalhou no Atlético-PR.

ua experiência como ex-técnico também rende contribuições. Abel costuma conversar muito com ele e divide dúvidas e debate ideias para o time. A amizade dos dois, aliás, é de longa data e vai além dos campos.

Costumam, inclusive, sair para jantar juntos, principalmente nas viagens da delegação para jogos fora do Rio.