Foto: Mailson Santana/FFC

Não sou de escrever pra galera.
Não sou de criticar sem ter lucidez e sem analisar com calma.
Não aqui. Não pra vocês.
Posso fazer isso na arquibancada.
Na revolta de um lance ou no fim de um jogo.
Mas não dá pra fazer coro do coro…só pra conquistar adeptos ou curtidas efêmeras.
Como tricolor, me nego a fazer isso.

Ver um jogo de futebol como comentarista é sair do sofá de casa ou das cadeiras coloridas das arenas e, por mais que a paixão clubística seja inevitável, tentar entender a cabeça e as ações dos treinadores e jogadores.
Então não dá pra distorcer os fatos ou negá-los.
Ou inventar algo só pra que sua ideia seja reverenciada.

 
 
 

Sou tricolor e sempre me senti diferente pela compreensão do jogo, que ia além dos 90 minutos de campo.
E sempre percebi isso nos tricolores amigos.
Sempre achei e defendi que a nossa torcida era diferente.
Nunca vai ser a maior, e ora bolas
…isso nunca importou.

Mas amigos, somos diferentes.
Porque nascemos – não filhos de uma elite burguesa como querem nos caricaturar -, nascemos diferenciados por algo que nos destaca:
Temos a paixão pelo clube do coração aliada a um sentido ético.
Só os tricolores são assim.
Somos Fluminense.
Somos diferentes mesmo.

E por que escrevo isso e não sobre o jogo deste último domingo?
Porque não haverá esperança se não acreditarmos nela.
Porque, por mais que o horizonte se mostre espinhoso, teremos que encontrar paz e equilíbrio para superá-lo.
Porque temos que ir à luta, por mais que os resultados nos sirvam de dúvida.
E em cada gota nossa de suor, pingará o sangue do encarnado.

Amigos,
erros e acertos existirão.
Sempre.
Tomara que “acertemos errando” mais do que o inverso.
Ontem o timinho venceu o timão, contra a lógica e contra os que torcem contra, só para falar: “Eu te disse, não te disse…”

Sinceramente,
não precisamos de profetas do apocalipse.
Não, usando a camisa tricolor.
Já existe uma “nação” inteira torcendo pra isso.
Precisamos de tricolores de alma e coração elevados.
E disso… a massa adversária morre de inveja de nós.
Somos uma multidão ímpar.

Amigos,
o sonho do título este ano virou a realidade da luta pra permanecer.
De pé.
É isso.
É real e objetivo.
Faltam 27 pontos.
Ou mais… ou menos.
Esse é o campeonato que nos restou.
E precisamos deste título mais uma vez.
Então,
parem com as distorções incoerentes e desesperadas.
Parem com as ilusões e espantem as aves de rapina.
Isso é coisa de mulambo.

E nós…
Porra…
Nós somos Fluminense!

S.T.