Há dez dias, nem mesmo o tricolor mais otimista poderia esperar seis pontos das duas partidas que viriam: o Grêmio e o Corinthians, ambas fora de casa, nos novos estádios dos rivais. O Fluminense ainda não havia saído vitorioso nenhuma vez, nem na Arena do Grêmio, nem no Itaquerão. Se disputassem o Brasileirão, até mesmo o Barcelona e o Real Madrid poderiam tropeçar nessa sequência tão complicada. No entanto, vencemos os dois jogos mais difíceis do Campeonato, e voltamos ao Rio de Janeiro com três pontos de Porto Alegre, e três pontos de São Paulo.
Se não fosse o acidente contra a Chapecoense, já seriam quatro vitórias seguidas. Se o título é uma utopia (ainda!), pelo menos a classificação à Copa Libertadores parece uma possibilidade bastante realista. Nossas chances de terminar o Brasileirão no G4 já estão em 30%, de acordo com os cálculos do Ramón. O momento do Fluminense é de ascensão, e nossos corações começam a se preencher com a esperança, citada na estrofe verde de nosso hino.
No sábado de manhã, receberemos o Sport Recife, no Giulite Coutinho, em Mesquita, e será um dos jogos mais importantes do ano. Vale os mesmos três pontos de sempre, mas pode ser um ponto de inflexão, para mais uma arrancada gloriosa. Eu não desisti de repetir 1970, 1984, 2010 e 2012, não: tenho essa mania de acreditar na camisa mais pesada do futebol brasileiro. Não me reservo o direito de duvidar do clube que protagonizou a Arrancada de 2009, o maior milagre esportivo da história documentada.
Nos vemos no caldeirão.
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Não esperemos um jogo fácil, não: ao longo da história, Fluminense e Sport Recife já se enfrentaram 46 vezes, com 18 vitórias tricolores, 13 empates e 15 triunfos da equipe de Pernambuco (a lista com todos os resultados pode ser conferida aqui).
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Essa semana na história tricolor:
26 de setembro: em 1909, o Fluminense venceu o Riachuelo por 8 a 2 e se sagrou tetracampeão carioca. Até hoje, é o único tetra da história do Rio de Janeiro.
30 de setembro: em 1922, morreu, aos 24 anos, Emanuel Coelho Netto, o Mano, em decorrência de complicações após lesão sofrida em campo pelo Fluminense.
1º de outubro: em 1911, o Fluminense bateu o America por 2 a 0, e se sagrou campeão carioca invicto.
3 de outubro: em 1976, o Fluminense venceu o Vasco por 1 a 0, com gol de Doval aos 14 minutos do segundo tempo da prorrogação, e se sagrou bicampeão carioca. (aos interessados: Recordar é viver – A apoteose de Doval).
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A partir dessa semana, escreverei aqui todas as terças-feiras. Você pode me acompanhar também no Twitter e no Facebook. 🙂