Quem diria que um jogo contra a Ferroviária poderia reservar tantas emoções e sentimentos distintos aos tricolores de todo o país? Mas foi exatamente assim na noite desta quarta-feira, na Fonte Luminosa, onde o Fluminense, com um jogador a mais, chegou a estar vencendo por 2 a 0, levou virada e terminou empatando por 3 a 3 pela ida da segunda fase da Copa do Brasil. Fred encerrou seu jejum de dez jogos e marcou duas vezes. O outro do Flu foi de Magno Alves. Thiago Marques e Luan fizeram os dos paulistas. A volta é na quinta-feira da semana que vem, no Raulino de Oliveira, às 21h30. Apesar dos pesares, o time das Laranjeiras joga por qualquer empate de 2 a 2 para baixo.

Uma verdadeira montanha-russa. Assim foi o primeiro tempo do jogo em Araraquara. Com uma postura ofensiva e pressionando a saída de bola, a Ferroviária surpreendeu o Fluminense no início da partida e, numa saída de bola errada de Jonathan, por pouco, não abriu o marcador logo cedo em chute por cobertura de Danielzinho. Aos poucos, porém, o Tricolor foi colocando a bola no castigado gramado e fazendo o papel de time grande.

 
 
 

Ainda que sem brilho, o Fluminense, na base do toque de bola, foi achando espaços na defesa adversárias. Numa delas, Osvaldo recebeu pela direita e cruzou acertando o braço de defensor paulistano. Pênalti corretamente marcado. Na cobrança, Fred encerrou o jejum de dez jogos sem marcar e abriu o marcador. Logo depois, Cícero achou Scarpa e o meia cruzou para o camisa 9, com o peito, escorar para o fundo do barbante e ampliar. As coisas foram clareando e o goleiro Rodolfo, da Ferroviária, foi expulso por acertar Pierre fora da área e fazer falta dura. Scarpa ainda acertou a batida no travessão. Tudo tranquilo e caminho para a goleada aberto, certo? Errado!

Por incrível que pareça, com um a mais e diante de um adversário claramente limitado, o Fluminense conseguiu complicar as coisas. Primeiro, a Ferroviária teve um pênalti a seu favor, marcado corretamente após Wellington Silva cortar cruzamento com a mão. Thallyson bateu para fora. Ufa! Não, nada de alívio ainda. Em cobrança de escanteio, poucos minutos depois, o zagueiro Luan escorou e descontou. Então, o que parecia impossível aconteceu. Os paulistas cresceram no jogo e, empolgados, chegaram ao empate antes do intervalo. Wescley entrou driblando como quis e bateu para defesa parcial de Cavalieri. No rebote, Tiago Marques dominou e soltou uma bomba no canto, indefensável. Vergonhoso…

E não há nada tão ruim que não possa piorar. Logo no início do segundo tempo, Thiago Marques, em bola esticada, ganhou no corpo de Henrique, entortou Gum e mandou de biquinho no ângulo de Cavalieri. Incrível como o Fluminense conseguia fazer tal vergonha. Isso depois de mais uma semana só de treinos por ter sido eliminado no Campeonato Carioca pelo “poderoso” Botafogo.

Na base do desespero, Levir Culpi, que já havia sacado no intervalo Gerson e Osvaldo para as entradas de Douglas e Marcos Junior, respectivamente, queimou sua última alteração trocando Pierre por Magno Alves. E não é que o Magnata diminuiu o sufoco do Fluminense ao cabecear, com uma precisão ímpar, belo cruzamento de Wellington Silva? O velhinho deu jeito, deixando tudo igual.

Já para o fim do jogo, o Fluminense ainda se lançou ao ataque em busca do quarto gol. Foram incontáveis chuveirinhos na área paulistana, mas não o suficiente para chegar à vitória.

O Fluminense jogou com: Diego Cavalieri, Jonathan, Gum, Henrique e Wellington Silva; Pierre (Magno Alves), Cícero, Osvaldo (Marcos Junior), Gerson (Douglas) e Gustavo Scarpa; Fred.