(Foto: Mailson Santana - FFC)

Na última segunda-feira, o presidente do Fluminense, Mário Bittencourt, esteve presente no Salão Nobre das Laranjeiras, em reunião do Conselho Deliberativo, onde deu explicações técnicas sobre a futura Liga de Futebol no Brasil. Além disso, o encontro também teve pauta sobre assuntos gerais. E foi neste quesito que o caldo desandou.

No final da reunião, o conselheiro Paulo Cassiano, que é delegado na Polícia Federal, fez um requerimento, fazendo o uso da palavra na tribuna, para que o ex-vice-presidente institucional da gestão, Eduardo Mitke, comparecesse para prestar esclarecimentos – ou o fizesse por escrito. A demanda surgiu em virtude de um texto do ex-dirigente, um dos principais apoiadores de Mário Bittencourt na última eleição, que viralizou depois que foi vazado nas redes sociais. Nele, Mitke dizia, entre outras coisas, possuir provas em áudios, vídeos e etc, sobre situações complexas do clube, mas que não levaria adiante.

 
 
 

Devido a esse contexto, Paulo Cassiano pediu que o ex-cartola fosse convocado e atestasse a veracidade das informações que circularam (O NETFLU confirmou com o próprio Mitke, na data da publicação, que ele foi o autor do texto) a veracidade do que publica. Depois disto, o mandatário tricolor, visivelmente indignado, pediu para retomar a palavra.

Em tom áspero, o presidente falou que o texto que circulava era fofoca de internet. Segundo o dirigente, se o conselho fosse fazer investigação sobre o tema, ele tinha milhares de prints para trazer à tona, inclusive de conselheiros que o xingam. O objetivo seria fazer com que esses integrantes do conselho fossem expulsos do quadro social. Alguns membros entenderam a explanação do Mário como ameaça, outros como uma maneira de constranger o presidente do conselho, Braz Masullo, diversas vezes citado pelo mandachuva tricolor.

Trocando em miúdos, Mário assumiu ter em posse prints que ferem a sua honra, o ofendem e que ameaçavam a ele e sua família, inclusive de grupos fechados, divulgados por “amiguinhos” das pessoas que frequentam esses espaços. Ele fez uma defesa ostensiva do indeferimento do requerimento de delegado da Polícia Federal, alegando que não deveria ser algo a ocupar as atenções do conselho. A resistência de Mário Bittencourt à ideia de Paulo Cassiano chamou a atenção de muitos presentes.

Apesar das manifestações do mandatário, já vem sendo estudada uma maneira de formalizar a presença de Mitke numa reunião próxima, o que deve acarretar em mais polêmicas nas Laranjeiras. A gestão politiza o fato, salientando que é uma ação da oposição para tentar desestabilizar o clube em ano de eleição. O outro lado se defende falando que o texto de Mitke descredibiliza o Fluminense no mercado e com outras instituições, já que se trata da fala de um ex-dirigente. E, caso não se apresente provas, que o ex-apoiador de Mário seja punido.