Em primeira mão, o NETFLU divulgou a consulta feita por Pedro Abad à Corregedoria da Receita Federal. Ressalvas estão descritas no texto caso o candidato assuma a presidência do Fluminense. Nesta sexta-feira, o Globoesporte.com mostrou o processo que foi remetido à Comissão de Ética Pública da Receita Federal. O documento especificou as restrições, impondo recomendações para o exercício da administração do clube.

Com base nos artigos da lei e do código, Abad não poderia, por exemplo, representar o Fluminense em uma reunião de clubes em Brasília para tratar do Profut ou ainda elaborar os balanços do clube. A decisão destaca uma possível incompatibilidade de horário – o cargo público prevê 40 horas semanais – e o “risco de comprometer a imagem do cargo e do órgão”. Apesar disso, a Comissão de Ética decidiu que há possibilidade do exercício da função de presidente do Fluminense paralelamente a de auditor fiscal. Portanto, o candidato terá de delegar poderes a outras pessoas, o que já é de conhecimento público.

 
 
 

– As duas respostas foram de que não havia conflito de interesse a não ser na função de representar o Fluminense perante o poder público. A que poderia vir a existir no sentido de cumprir a minha carga horária no trabalho não existe. A partir de dezembro, passarei a exercer função orientada por metas. Não precisarei cumprir horário na repartição. Eu determino o horário pois recebo a carga e, no final do ano, tenho de devolver terminada. Não tem nada que me impeça de exercer o cargo de presidente do clube – disse o candidato.

Abad garantiu poder assinar o balanço, contratos de jogadores e acordos de patrocínios. Reconheceu não poder elaborar o documento financeiro ou, por exemplo, assinar uma petição judicial que o clube venha a fazer contra um ente público. Reuniões com qualquer governo também não poderiam contar com a presença dele. A solução seria criar um novo cargo. A tendência é a de que o atual presidente, Peter Siemsen, o represente em algumas ações, como no projeto de estádio, e Pedro Antônio no CT.

– Isso não quer dizer que eu não defina a estratégia de atuação do clube. Só não estarei fisicamente. É, por isso, que penso em ter um vice-presidente específico de relação institucional. Essa pessoa iria exercer essa função. Não há prejuízo. Nenhum presidente de clube atua em todos os assuntos do clube. Por isso, há os vices. Se for assunto médico, o presidente não atua, caso não seja médico.  Já ocupei diversos cargos de chefia na minha carreira e não existe sentido nenhum em ser testa de ferro de outra pessoa. As pessoas precisam criar fatos negativos e inventam coisas fantasiosas.

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