O clima político do Fluminense segue em intensa movimentação. Tentando antecipar as eleições ao convocar uma Assembleia Geral, onde tentará a mudança de estatuto que viabilize o adiantamento do pleito, o presidente Pedro Abad poderia sofrer um “ferimento” ainda mais duro, caso houvesse maior fiscalização nas reuniões do Conselho Deliberativo (CDel). Isso porque o estatuto do Tricolor prevê penalidade para membros do CDel que não justificarem suas ausências.

Consta no documento que rege as normas do clube que, em um ano, conselheiros que tiverem três ausências consecutivas ou cinco intercaladas sem justificativa, perderiam sua vaga de titular e iriam para a fila de suplentes. Entretanto, como o Flu já colocou todos os suplentes como conselheiros, considerando o estatuto, ele só poderia voltar a ser titular em um ano. Sendo assim, imaginando que as eleições ocorram em novembro de 2019, os faltantes perderiam o título até lá, deixando Abad ainda mais isolado.

 
 
 

Vale destacar que integrantes da Flusócio e dos Esportes Olímpicos, que apoiam a atual gestão, não compareceram na última noite, durante a reunião que seria para apresentar o planejamento do futebol de 2019. Esta foi a quarta falta consecutiva. As outras foram na reunião do impeachment, realizada no dia 20 de dezembro e nas reuniões do dia 29 de novembro e 13 de dezembro, que também visavam a apresentação do planejamento de futebol de 2019.

O estatuto, todavia, não cobra uma justificativa documental. Sendo assim, geralmente, qualquer desculpa dada pelos integrantes do Conselho Deliberativo é considerada pertinente, o que facilita na construção de manobras políticas como a que ocorreu no pleito sobre o impeachment do mandatário Pedro Abad.