Concentrar ou não antes dos jogos? No Fluminense, tal prática chegou a ser abolida e, posteriormente, voltou. No que depender de Paulo Angioni, concentração deve ser algo raro no Tricolor. O diretor de futebol do clube é frontalmente contra este expediente.
— Acho que falta a gente discutir mais o futebol. Eu criei um fórum de debate, o Footlink, que não tinha nada de comercial. Mas a gente tem de debater mais, ter mais entendimento. Eu acho, por exemplo, que temos de acabar com a concentração de forma definitiva. É a única forma de transferir responsabilidade ao jogador. Recebo crítica e contraponto a isso, mas me mantenho fiel ao que penso. A única forma de dar responsabilidade ao outro é entregar a ele o que ele pode dar a ele mesmo. A concentração só serve para você continuar com responsabilidade sobre o jogador. Deixando de fazê-lo, você entrega a responsabilidade para ele. O mundo é muito visto hoje. Qualquer pessoa que infringir uma regra vai sofrer as sanções necessárias. Não vejo motivo para não deixar de fazer a concentração – disse.
Para o próximo ano, Angioni pretende ver como será a posição de Odair Hellmann. O diretor vai conversar com o técnico com o intuito de saber quais são seus planos no sentido de concentrar ou não a equipe tricolor para as partidas.
— Em 2014, quando aqui estava, deixamos de fazer. Voltou com o Marcelo Oliveira, foi um pedido muito forte dele na época. Não sei como vai ser no ano que vem, vou conversar com o Odair. O ideal, para mim, é usar de forma pontual. Isso acarreta desgaste, concentra todo o dia praticamente. Mas eu olho mais pelo lado da responsabilidade – ponderou.
