Na Sul-Americana, Corinthians eliminou o Fluminense ao empatar dois jogos e levar a vantagem pelo gol fora (Foto: Lucas Merçon - FFC)

Principal reforço do Fluminense neste ano, Paulo Henrique Ganso teve uma passagem de pouco brilho no Sevilla, da Espanha. Situação essa que decepcionou muito José María Cruz, hoje diretor geral do clube espanhol e um dos maiores defensores do meia por lá. Em sua visão, o apoiador merecia muito mais oportunidades na equipe.

– Para mim, Ganso foi uma decepção pessoal, mais do que do clube. Acredito que Paulo [Henrique Ganso] é um jogador extraordinário, que teve pouca oportunidade no clube. É uma opinião minha, que provavelmente o resto dos técnicos e do pessoal do clube não compartilham, mas, em sua primeira temporada, ele deu mais que outros jogadores e teve menos chances que eles. No fim das contas, para que um jogador possa ter um bom rendimento, o treinador tem que confiar nele – destacou.

 
 
 

A chegada do técnico argentino Jorge Sampaoli, hoje comandante do Santos, também não o ajudou. Com o treinador, as chances do meia do Fluminense no time espanhol seguiram escassas.

– Eu julgo que, quando o trouxemos com Sampaoli de técnico, ele pensou que seria um nome importante, mas, ao encontrar nessa mesma altura atletas semelhantes como Nasri e Mudo Vázquez, fez com que tivéssemos muitos bons jogadores para pouco espaço. Paulo merecia mais espaço e, se não triunfou no Sevilla, não foi por falta de qualidade, profissionalismo, mas porque não se sentiu suficientemente importante na equipe. Acredito que Paulo é um jogador que, para render, precisa se sentir valorizado – afirma Cruz.

Depois do Sevilla, Ganso ainda passou pelo Amiens, da França, também sem grande destaque. O diretor do Sevilla reconhece a surpresa por ele não ter se destacado na Europa. Ainda assim, acredita que o camisa 10 do Fluminense tenha tudo para brilhar em sua terra natal.

– Ele é o tipo de atleta que você estranha que não triunfe na Europa, mas não surpreende porque tem um perfil muito da América do Sul, muito do Brasil. É uma pena considerando a sua magia. Particularmente, eu acho que fui o mais firme defensor dele dentro do clube. Não digo porque você é brasileiro ou estou falando com um veículo brasileiro, mas porque, para mim, depois de Luis Fabiano, foi o jogador com mais técnica individual que vi no Sevilla nos últimos anos – falou.