(Foto: Divulgação/FFC)

Em participação em live no canal “Vilella Viajante Tricolor”, no YouTube, o ex-atacante Edmundo recordou sua passagem pelo Fluminense, em 2004. O “Animal” tentou explicar por qual motivo o “quadrado mágico”, formado por ele, Romário, Ramon e Roger, que criou imensa expectativa da torcida na época, não deu certo dentro de campo. Segundo ele, faltou comprometimento e foco por parte de alguns.

– É uma pergunta complexa, porque não é só o quarteto, né? Não dá para jogar quatro contra onze, mas tem todo um contexto geral. O Fluminense, na figura do Celso (Barros), presidente da patrocinadora (Unimed), fez um investimento na época, mas contratavam e davam para os técnicos se virarem. Na ocasião ali, o Romário nunca ia treinar. Ele não ia nunca. O Roger, por sua vez, a namorada morava em São Paulo. Então ele dormia em São Paulo e voltava para treinar no Rio de janeiro, chegava atrasado todos os dias. Muitas vezes a gente ficava no campo batendo bola esperando a chegada dos dois – disse Edmundo, acrescentando. Até que o Fluminense resolveu mandar o técnico embora e botar o Alexandre Gama, que teve uma atitude de homem. Eu o admito muito, porque ele teve personalidade. Disse que assumiria se pudesse tomar as atitudes que queria tomar. E ele afastou o Romário e o Roger. O Roger deu “migué” falando que estava machucado, mas na verdade foi afastado.

 
 
 

– Depois disso, o time ficou 10, 11 partidas sem perder. Tivemos uma ascensão grande. Eu e Ramon continuamos, porque a gente tinha uma vida tranquila, era profissional, treinava, se dedicava. O Ramon é uma figura maravilhosa, um dos meus queridos dentro do futebol. O quarteto teria dado certo se tivesse tido empenho e dedicação de todos, mas infelizmente isso não aconteceu. Eu tive algumas contusões também. Em uma delas, fiquei três meses parado, aí o time desandou. Eu não estou falando mal das pessoas, que são grandes craques, mas estou falando daquele período ali do Fluminense. Na qualidade, eles eram incontestáveis, mas precisava de foco e eles não estavam tendo – finalizou Edmundo.