Heitor D'Alincourt (a esquerda) e Dhaniel Cohen (à direita) são os dois homens responsáveis pela reestruturar dos projetos literários do Fluminense (Foto: Paulo Brito/NETFLU)
Heitor D’Alincourt (a esquerda) e Dhaniel Cohen (à direita) são os dois homens responsáveis pela reestruturar dos projetos literários do Fluminense (Foto: Paulo Brito/NETFLU)

Um clube do tamanho da  história do Fluminense não pode se dar ao luxo de ficar preso no boca a boca, sobretudo na era da informação. Pensando assim, o Flu Memória renasceu, através das figuras de Dhaniel Cohen e Heitor D’Alincourt. Tanto que, nos últimos anos, seis obras com grande repercussão foram lançadas e outra, sobre o Casal 20, está prestes a sair do papel com a ajuda da torcida. Mas o sonho de expandir permanece uma constante.

Apesar dos diversos títulos lançados em pouco tempo, a maior parte deles, devido a qualidade gráfica e todas as despejas embutidas com royalties e mão de obra, não têm um preço popular. Cenário este que pode ser modificado em breve.

 
 
 

– O Romerito foi uma tentativa (de preços populares). Em primeiro lugar, isso é uma coleção, com o sentido de pegar o jogador, para ele contar a história dele. Temos vontade de botar em banca pra vender, edições mais populares ainda. Gostaríamos que um dia um cara comprasse o livro por R$15, antes do jogo. Queremos chegar nesse ponto, que tenha 120 páginas e dê pra ler numa tarde, enquanto está no metrô, indo para o jogo ou voltando. Vai ser como se fosse o ponto de vista do Fluminense sobre a passagem do atleta no clube – destacou Heitor, sendo complementado pelo seu companheiro de Flu Memória, Dhaniel Cohen:

– Você vai para uma livraria e a editora quer 50% do preço de capa. Aí a distribuidora fica com 20%. Também tem royalties para o clube, royalties para jogadores retratados, por isso que não é fácil.

A aposta em livros virtuais, os chamados e-books, poderia ser um caminho. Entretanto, o mercado ainda não é tão simples quanto a maioria dos consumidores imaginam, principalmente para obras que não sejam de domínio público, conforme lembra Cohen.

– É uma coisa que não é fácil, simples, porque o mercado editorial e livreiro no Brasil é complicado. Um e-book ainda não explodiu no Brasil.

O momento literário, embora em efervescência, tem seus percalços. Os custos com um material virtual podem não ser tão menores, causando uma barreira para a entrar, de vez, nesse setor.

– A gente está numa transição de tecnologia. Estamos no meio de campo disso aí. Se você olhar o lançamento de e-book, a diferença ainda não é tão grande. O físico custa R$42 e o virtual R$36. Agora, obra de domínio público, Machado de Assis, Casemiro de Abreu, você acha de graça – concluiu Heitor.


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