O Fluminense lançou uma nota oficial em suas redes sociais criticando o Globoesporte.com. O portal lançou uma enquete com perguntas que insinuam participações do clube em questões envolvendo o “tapetão”. Pelas redes sociais, os tricolores condenaram a pesquisa e o Flu lançou uma nota oficial na manhã desta quinta-feia condenando o site. Confira na íntegra:

 

 
 
 

O óbvio ululante

O Portal GloboEsporte.com, quando coloca uma enquete lamentável, produzida de maneira jocosa, sem contextualização dos fatos, demonstra que não respeita as leis do futebol brasileiro e pior, não faz uma reflexão séria sobre os verdadeiros problemas que afetam a maior paixão nacional. Após a exibição da leitura labial do que ocorreu nos 13 minutos de paralisação do Fla-Flu do dia 13/10/2016, exibida domingo passado no programa Esporte Espetacular da TV Globo, esperávamos mais comprometimento com a informação, mas para uns, a chacota é o único foco. Pena que certos veículos parecem ter muito mais torcedores do que jornalistas. O azar deles é que sempre quando o Fluminense Football Club tem convicção de seus direitos, jamais aceitará calado e baixará a guarda. De todo modo, já que a preguiça (ou seria falta de vontade?) impede uma apuração histórica mais criteriosa, sem entrar em detalhes, vamos enumerar algumas situações vergonhosas do esporte bretão que costumam ser varridas para debaixo do tapete:

Escândalo das Papeletas Amarelas – O episódio de um suposto suborno do Flamengo aos árbitros do Campeonato Carioca nunca foi esclarecido e os resultados do Estadual de 1986, ano em que o Fluminense poderia ser tetracampeão, foram mantidos.

Caso Ivens Mendes – Houve o vazamento de áudios dos presidentes de Atlético-PR e Corinthians que insinuavam o benefício dos clubes em arbitragens. Na Itália, em situação semelhante, a Juventus foi rebaixada para a Série B e perdeu dois títulos nacionais. Já no Brasil, nenhum clube foi punido. A decisão foi ampliar o número de participantes do Campeonato Brasileiro de 1997, não valendo os critérios de descenso do ano anterior, repetindo o que houve em 1993, quando o Grêmio, por exemplo, foi beneficiado.

Caso Sandro Hiroshi – O Campeonato Brasileiro de 1999 transcorria normalmente. Internacional e Botafogo disputavam rodada a rodada quem cairia para a Série B. Até que houve a denúncia de uma suposta escalação irregular do atleta Sandro Hiroshi, do São Paulo, e os clubes grandes ameaçados de rebaixamento foram os únicos a conquistar os pontos no STJD. Se valessem apenas os pontos conquistados dentro de campo, o Gama permaneceria na Série A e inconformado com isso, o clube brasiliense levou o caso para a Justiça Comum. A tarefa de organizar o Campeonato Brasileiro de 2000 passou então para o Clube dos 13. Assim, nasceu a Copa João Havelange, que teve 116 participantes.

Máfia do Apito – Em outubro de 2005, a revista Veja tornou público que um grupo de investidores havia negociado com o árbitro Edílson Pereira de Carvalho para garantir resultados apostados em sites. Os 11 jogos apitados pelo juiz no Campeonato Brasileiro foram anulados pelo STJD. Se os resultados das partidas fossem mantidos, o Internacional seria campeão, mas com os novos jogos, o Corinthians conquistou a taça, por ter um ponto a mais.

Estádio – Diferentemente de certos clubes, que ganham o patrimônio já pronto do Governo, o Fluminense, utilizando somente de seus próprios recursos, construiu o Estádio das Laranjeiras em 1919 para sediar o Campeonato Sul-Americano de Seleções.

Campeonato Paulista de 2001 – O Santos tentou anular a derrota na semifinal do Campeonato Paulista para o Corinthians por uso de ponto eletrônico dos jogadores adversários

Campeonato Brasileiro de 2003 – O Paysandu foi punido pelo uso de atletas irregulares. Corinthians e Ponte Preta ganharam os pontos do jogo, mesmo sem ter vencido em campo.

Campeonato Brasileiro de 2012 – O Palmeiras ingressou no STJD em 2012 pedindo anulação da derrota para o Inter em razão de um gol com a mão feito pelo atacante Barcos.

Campeonato Carioca de 2013 – O Flamengo tentou anular o empate com o Duque de Caxias pelo Campeonato Carioca alegando interferência externa.

Também em 2013, o Vasco perdeu por 5 a 1 para o Atlético Paranaense e foi rebaixado. O jogo teve confusão entre torcida e o cruzmaltino pediu os pontos do jogo no tribunal.