Oi pessoal!

 
 
 

Dia sim, dia também e as informações sobre a falência financeira e moral que a Flusócio impõe ao Fluminense nos assolam de vergonha e preocupação.

O que já foi uma tragédia anunciada, é uma tragédia vivida. Angustiados, nos limitamos a torcer para que o rebaixamento moral dessa direção não se reflita em campo e nos mantenhamos na série A.

Vender inúmeros jogadores de Xerém e viver devendo aos “raspa tachos” que ficam; não ganhar um centavo com Scarpa, abrir mão de milhões do Diego Souza, dever também a Cícero e a Marquinho (!!!) e pagar (como conseguem?) R$ 7 milhões para trazer Robinho do Figueirense.

A lista de desmandos, saqueamento e dilapidação da Flusócio cabe num livro do estilo trilogia de Tolkien: “Os senhores dos anéis do poder pelo poder.”

Em campo, um time sem cor, que se esforça como Hércules para criar uma jogada, desarmar uma bola, trocar três passes, espalhados ao atacar e lado a lado num terço da defesa, trombando.

Perdido e sobrecarregado, Abel jogou o boné para “um sujeito bom e bem intencionado”, Pedro Abad.

Perdido e sobrecarregado, Abad se mantém sentado na cadeira da presidência, escoltado por conselheiros irresponsáveis, negligentes e/ou parceiros nas mutretas irreveláveis e escondidas na caixa preta de 8 anos da Flusócio, que só se abrirá se derrotados forem, nas urnas, no final do ano que vem.

Em campo, a pequenez e o medo imperam mesmo com a troca de um zagueiro por um volante.

Com os três zagueiros, perdem-se o meio-campo e ataque, bastando o adversário dar quatro toques na bola para ficar na cara do nosso gol.

Com o meio-campo povoado, o oponente precisa de mais que isso. Menos mal. Mesmo que insuficiente para nos dar volume de jogo já que a postura é a do temor, com jogadores sem tino ofensivo.

Num campeonato brasileiro com nível técnico cada ano mais baixo e sofrível, vemos os líderes tropeçarem ou vencerem, no sufoco, os lanternas.

Foi assim com São Paulo e Internacional contra Ceará e Paraná. O Flamengo, o mais ofensivo da briga no topo da tabela, tropeça nas próprias pernas porque acha seus jogadores os melhores do planeta Terra. Mas é ofensivo.

O Grêmio, com time reserva praticamente, está na zona da Libertadores. O super elenco do Palmeiras que, no papel, atropelaria todos os outros, sofre com um ambiente vaidoso e técnicos que não sabem armar times p’ra frente.

Atlético Mineiro é criticado por ser irregular demais, mas porque joga para vencer, com só 3 vitórias a mais que o Fluminense, se mantém na zona da Libertadores.

O Cruzeiro entra nessa levada irregular, desequilibrando-se por causa da disputa da Libertadores também.

O atual campeão Corínthians, obrigado como clube grande a jogar se impondo, briga contra seu técnico que puxa o seu cobertor curto para trás (retranca).

O Fluminense, entre líderes e lanternas, se apaga quando é muito pouco pior do que os líderes e muito pouco melhor do que os lanternas.

Duas diferenças definem: seus jogadores entram em campo se achando anões que enfrentarão gigantes. Que gigantes?! E a maioria dos nossos atacantes não faz gol (joga, Luciano!).

Minimizado pela Flusócio, há 8 anos, o time reflete a baixa auto-estima e parte da torcida se conecta a ideia de que somos horríveis, quando não assistem aos outros jogos entre os nossos adversários…

Não somos os únicos horríveis. E dava para estar melhor colocado e com mais vitórias se tivéssemos tido grandeza e postura em muitos jogos (como nas derrotas para o Ceará e o Paraná).

E segue a sofrência de saber que o clube não paga o salário do pessoal da limpeza e os conselheiros cospem em nossa cara, rasgando o estatuto.

Desligar-se ou distanciar-se do time e das notícias é uma autodefesa natural. Entre o desânimo e o desespero, esperamos e lutamos por dias melhores, mesmo deprimidos.

Vemos o Fluminense se apequenar e pontecializar a sua ruindade, ao invés de detê-la, com uma postura altiva e realista já que joga num Campeonato horrível tecnicamente e não precisa dessa atitude de vira-lata de beira de estrada, à fome e a esmo, em campo.

É hora de mudar de postura. Ainda temos um segundo turno inteiro e uma Sul-Americana.

Derrotas virão independente da escalação mas vitórias só virão se a postura, a proposta de jogo, for de um FLUMINENSE.

Dar a bola para o adversário jogar, ficando encolhido? Não! Posicionar nove jogadores atrás da linha da bola o jogo todo? Não! O último passe ser dos laterais? Não! Chega de pequenez.

Ainda perdemos o Pedro… O menino que poucas chances de gol tem e, mesmo assim, é o artilheiro (por milagre, ainda joga esse ano com a gente).

Mais uma razão para povoar o ataque, avançando nossa marcação, pressionando o adversário ao erro na saída de bola,  recuperando e mantendo o outro time longe da nossa grande área defensiva.

Jogar futebol. Como um time. Não como uma ameba.

Por milhões de tricolores, não jogue o boné, Marcelo! Nem nos jogue ao chão! AVANTE! COM A BOLA! Ao ataque, caramba!

Fraternalmente, ST.

Imagem: Lucas Merçon/Fluminense F.C.