O grande prejuízo da arbitragem de Rodolpho Toski Marques ao Fluminense na derrota por 1 a 0 para o Corinthians, quarta, no Itaquerão, e consequente eliminação na Copa do Brasil, causou revolta em todos os tricolores. Um deles foi Peter Siemsen. O presidente fez críticas à CBF pelos erros recorrentes e pediu providências. Hoje comentarista, o ex-árbitro Carlos Eugênio Simon concordou com o mandatário do Flu.

Simon também viu prejuízo ao Tricolor e não está satisfeito com a condução da Comissão Nacional de Arbitragem.

 
 
 

– Em primeiro lugar, acho que o Rodolpho Toski, que é um árbitro do Paraná aspirante ao quadro da Fifa, tem potencial, só que tem de ser trabalhado. A pergunta é: trabalhado por quem? Não adianta ficar só criticando os árbitros e quem os escala. O Sérgio Corrêa está na Comissão de Arbitragem desde 2005. Portanto, são 11 anos, ora como secretário, como membro ou presidente, e a arbitragem continua com muitos defeitos. Esses jovens árbitros precisam ser trabalhados. Ontem, o presidente do Fluminense foi muito enfático e em algumas coisas ele tem razão. Essa Comissão de Arbitragem que está lá, a arbitragem, tanto no Campeonato Brasileiro quanto na Copa do Brasil, está fraca. Não adiantar falar de Rodolpho Toski, do (Rodrigo) Raposo, do Jean Pierre, e pra eles é fácil. São nomes – disse.

Ao comentar os lances reclamados pelo Fluminense em programa de televisão da Fox Sports, Simon não viu pênalti em Cícero no primeiro tempo, mas acha que deveria ter sido marcado em Richarlison, já no fim da partida. Ele também discordou da expulsão de Marquinho. Veja o que ele falou especificamente de cada jogada:

PÊNALTI EM CÍCERO:

“Na minha opinião, não houve o pênalti. Giovanni Augusto dá um tranco legal no Cícero. O Cícero valoriza e cai como um vento muito adiante. Tranco legal na regra é permitido.”

EXPULSÃO DE MARQUINHO:

“Foi injusta. Ele faz uma carga por detrás no Fágner, pega e levanta o braço protestando contra a arbitragem. O árbitro tá no minimo a 20 metros e nem ouve o que o jogador fala. Dá o cartão amarelo, vira as costas e sai fora, porque o jogador tá jogando sob pressão. Evidentemente que tem de ter respeito. Se há um árbitro de vídeo, tudo bem, ‘mandou o árbitro não sei o quê’, mas no campo não tem como ouvir isso. Ele foi extremamente rigoroso nessa expulsão.”

PÊNALTI EM RICHARLISON:

“Foi pênalti. Ali o Fágner é imprudente. A bola vai pra grande área e ele acerta com joelho o quadril do Richarlison, lance claríssimo de penalidade máxima não dada pelo árbitro. Se tu notar, o árbitro em determinado momento tá parado. Não se apita futebol parado, tem que estar em movimento. Num lance como esse, ele tem que estar obrigatoriamente dentro da grande área.”