Enganam-se os saudosos que pensam que o Fluminense deixou para trás uma parceria exuberante com a Unimed. Isso, ao menos, é o que explica o ex-diretor geral do clube, Jackson Vasconcelos, que executava as funções do presidente Peter Siemsen. Segundo ele, a situação financeira do Tricolor era tão complicada e os contratos feitos com jogadores tão acima do normal, que mesmo a parte do salário que cabia ao clube cobrir – cerca de 20% – era superior ao que a cúpula das Laranjeiras poderia pagar.
– O Fluminense, ao longo dessa parceria (com a Unimed), o que obteve? No lado positivo, campeonatos, isso é verdade! Mas, se outros times também conseguiram resultados parecidos ou melhores com patrocínios no modelo do mercado, o Fluminense não conseguiria? No lado negativo, uma insuportável dívida fiscal e trabalhista, oriunda de decisões impostas pelo presidente da Unimed-Rio. Sempre se disse que a parte maior da remuneração dos jogadores e comissão técnica era suportada pela cooperativa. Verdade. Mas quem disse que o Fluminense poderia suportar a parte menor, geralmente maior do que a praticada pelo mercado? – questionou.