Bobô foi vice-campeão da Copa do Brasil em 1992 pelo Fluminense num jogo em que o Inter foi beneficiado pela arbitragem (Foto: Divulgação)

O ex-jogador Bobô, que passou por Fluminense e Internacional, concedeu entrevista ao Lance e não ficou em cima do muro na hora de contar para quem vai torcer na semifinal da Libertadores. O ex-atacante defendeu o Tricolor entre 1991 e 1992, com 86 jogos e 19 gols. Diante do Colorado, foi vice-campeão da Copa do Brasil de 1992, ano no qual o Flu foi prejudicado pelo árbitro José Aparecido de Oliveira, falecido recentemente. Naquela decisão, o Fluminense havia vencido a ida por 2 a 1 nas Laranjeiras, mas após os 40 da volta, no Beira-Rio, o juiz deu um pênalti inexistente que selou a vitória e título colorado por 1 a 0. Agora, Bobô não esconde a torcida pelo Fluzão.

— O fator torcida é importante. Você ter seu torcedor em um jogo difícil, em um estádio diferente, é fundamental. Eu acredito que a torcida do Fluminense vai fazer sua parte. É um jogo de todos, da torcida e sua energia, como dos jogadores com a intensidade. O Fluminense tem a possibilidade de vencer um titulo inédito, o que eu não consegui vestindo a camisa do clube. Mesmo na Bahia, o Fluminense vai ter uma torcida grande e eu serei um desses acompanhando e torcendo para o Fluzão – disse o ex-atacante.

 
 
 

Bobô recordou também como foi aquela polêmica decisão de Copa do Brasil. Ele afirma categoricamente que se houvesse VAR para corrigir o absurdo erro cometido contra o Fluminense, o título teria voltado na bagagem.

— O que eu posso garantir é que se tivesse o VAR hoje, anularia o pênalti marcado lá. Eu lembro pela importância do jogo. O Fluminense chegou a final da Copa do Brasil com uma campanha muito boa, mas foi muito difícil no Beira-Rio. O Zé Teodoro foi expulso no início do segundo tempo, mas mesmo assim jogávamos por um empate. Se não fosse a arbitragem, nós ganharíamos o título. Fizemos um jogo muito bom, com muita marcação, fugindo um pouco das nossas características daquele Fluminense até por conta da expulsão. Tenho muita memória, pois queria ser muito campeão com o Fluminense. Meu pai era tricolor e queria que ele experimentasse o sabor de ter um filho campeão com a camisa do Fluminense. Era um clube que eu gostava muito, então me apaixonei, mas infelizmente acabou acontecendo esse pênalti que garantiu a conquista da Copa do Brasil pelo Internacional – relembrou.