Alexandre Gama garante já ter superado problema com Romário (Foto: Reprodução)

Em entrevista ao Our Sports, Alexandre Gama, técnico do Daegu FC (KOR), recordou o episódio polêmico que viveu com Romário quando comandou o Fluminense em 2004. Na ocasião, após uma entrevista sua comparando o Baixinho com Ronaldo Fenômeno, o então tricolor, questionado se entendeu que o treinador o havia desrespeitado soltou a célebre frase: “Acabou de entrar no ônibus e já quer sentar na janela”. O comandante afirmou que tal situação o marcou e prejudicou a trajetória no clube, mas garante ter superado totalmente a situação quando se trata do relacionamento com o ex-atleta.

— O relacionamento que eu tinha com o Romário e todo mundo era excelente. Romário quando eu era auxiliar-técnico, só treinava comigo. Ou comigo ou com o Alexandre Mendes, que era o preparador físico do Renato e hoje é seu auxiliar. E a parte técnica, de finalização, quem preparava era eu. Só queria que eu e Alexandre déssemos o treino. O que aconteceu foi que na época a imprensa publicou em tempo de eleição no clube e criou uma coisa gigante. Essa frase é mais de 100% do futebol. A gente brinca, ouve, sacaneia ou fala sério sempre. Quando eu era da base, jogava em Xerém, não tinha concentração. Saíamos das Laranjeiras de ônibus para treinar em Xerém e voltava. A gente brincava com isso de sentar na janela. Frase normal. Ouvimos isso toda hora. No momento de hierarquia, eu era o treinador. Na época, abalou um pouco. Fala-se até hoje. Na época fiquei um pouco decepcionado, mas não me afetou em nada. Ali cresceu muita coisa que era um momento político, de troca do Fishel pelo Horcades, que venceu. Tinha muita coisa envolvida, eu não percebi. Acabei sendo usado por isso. Não foi tranquilo, marcou e atrapalhou minha trajetória – disse, prosseguindo:

 
 
 

— Mas não levo mágoa. Nunca houve pedido de desculpas e não precisa. A gente já se falou outras vezes. Não temos o mesmo relacionamento. Até porque os nossos caminhos se separaram. Eu estou do outro lado do mundo, ele hoje é senador. Não temos contato. Se eu tivesse continuado no Brasil, já zeramos e já teríamos voltado a nos encontrar. Foi o maior jogador que já trabalhei. Não tem outro. Tive esse privilégio. Temos muito amigos em comum. Quando eu voltar pro Rio, certeza volta tudo normal. Ainda não tive essa oportunidade. Quando nos encontramos foi rapidamente na praia. Isso já passou, não é problema nenhum. Tranquilo.