A saída de Fred, além de uma lacuna como referência no ataque, deixou vago o posto de capitão do Fluminense. Esse, porém, ficou com Gum. O zagueiro herdou a braçadeira do camisa 9. Ex-jogadores tricolores, Aílton e Washington opinaram sobre a escolha do técnico Levir Culpi. Enquanto o ex-centroavante aprovou, o ex-volante é reticente. Veja as opiniões de ambos:
Washington – Campeão do Campeonato Brasileiro de 2010 pelo Fluminense
“Por anos o Fred foi o capitão e a referência do Fluminense. É normal que o time tenha se acostumado a ter a figura dele. Com certeza, o Fluminense perdeu a sua referência, mas no futebol isso é normal. O Fluminense tem que sobreviver e buscar outros jogadores que possam exercer o mesmo papel que o Fred. O Gum é o jogador mais experiente do time, é normal ele se tornar o capitão, é algo natural neste momento.
O Gum é um pouco mais tímido em relação ao Fred, mas dentro do grupo ele fala bastante, cobra e conversa com todo mundo. Com certeza ele é um dos capacitados para liderar o grupo.”
Aílton – Campeão Carioca pelo Fluminense em 1995
“Lógico que os torcedores sentem a falta do Fred, é muito recente, mas a própria torcida está vendo que o time precisa andar, não pode ficar preso em função da saída dele. Foi uma parceria que deu certo, mas agora acabou. Eu acho difícil encontrar um novo líder tão cedo, porque além de líder o Fred era o cara que decidia os jogos, tinha o respeito do clube e da torcida.
É muito recente para ter alguém com o perfil dele. No momento, eu não vejo alguém com esse perfil que o Fred tem. O Gum oscilou muito, foi banco, ele tem muitos anos de clube, mas ainda não é um ídolo, um jogador que tem total confiança da torcida. É um jogador que já fez gols importantes, mas perfil de líder ele ainda não mostrou ter. Talvez esteja escondido, porque como o Fluminense tinha o Fred a personalidade dele (Gum) estava abafada. Agora, sem o Fred, vamos ver. Eu espero que o Gum ou até mesmo outro jogador possa exercer essa função de líder, é muito importante para o time a ter um líder dentro de campo”.