A possibilidade de as eleições do Fluminense terem a participação de sócios de fora do Rio de Janeiro vinha sendo estudada. Era viável e confiável, segundo o então vice-presidente de tecnologia da informação, Marcelo Porto. Entretanto, de acordo com o ex-dirigente, o presidente Peter Siemsen não quis levar o projeto a frente.

Marcelo apresentou duas empresas ao mandatário e a Marcus Vinícius Bittencourt, presidente do Conselho Deliberativo, os responsáveis, de acordo com o estatuto do clube, por definir o processo eleitoral. Peter não quis bancar e este foi um dos motivos da saída do dirigente da gestão. Ele agora apoia Mário Bittencourt.

 
 
 

A votação será realizada no dia 26 de novembro, apenas nas Laranjeiras, em urnas eletrônicas cedidas pelo TRE-RJ. A chance de uso do equipamento, aliás, era desconhecida pelas pessoas de TI do Fluminense.

– A verdade é que se colocou um ano e meio fora de trabalho. Fica a frustração. Pode ocorrer de um trabalho não ser implementado. Isso é normal. Ele pode apresentar falha. O problema é que, se a gente soubesse da ideia de usar as urnas do TRE, o sentimento seria outro. Eu não sabia que o presidente do clube estava providenciando o uso das urnas eletrônicas. No mesmo dia da apresentação (da candidatura) do (Pedro) Abad, o presidente Peter informou que o clube usaria urnas do TRE. Então, o projeto acabou. Outros projetos que comandava estavam em fase de finalização, então, achei melhor me desligar da gestão. Para que tudo andasse da maneira que o presidente desejava – explicou Marcelo Porto.

O ex-vice apresentou pedido de exoneração em 11 de outubro. Desde 2014, desenvolveu projetos como o novo sistema de RH, o novo Wifi Social e a segurança de dados digitais do clube. Fora da gestão, optou pela candidatura de Mario por ser o concorrente “com as propostas mais factíveis” e ser a “pessoa mais capacidade de implementação”.

A ideia era permitir que mais sócios pudessem participar, incluindo os residentes em localidades fora do Rio – são estimados 15 mil pessoas com direito a voto. Então, após analisar cinco empresas, duas atenderam os requisitos definidos pelo Flu.

O site Globoesporte.com, responsável pela reportagem, entrou em contato com a assessoria de imprensa do Fluminense. Esta informou que o clube não se manifestaria sobre este tema.