Um flerte que quase virou namoro poderá se consumar num casamento brevemente.  O NETFLU apurou que já existem conversas entre o Fluminense e a Nike para fornecimento de material esportivo.

Ao contrário do Atlético-MG, que adotou uma postura de conflito com a Dryworld e poderia se “queimar” no mercado, o Tricolor usa um discurso mais conciliador e isso fez com que fornecedores se aproximassem. Além da gigante norte-americana outras três empresas procuraram o clube.

 
 
 

O que poderia atrapalhar um possível acordo seria Peter Siemsen. Há dois anos, o presidente do Fluminense se irritou quando a Adidas fechou com o Flamengo e procurou a Nike. A resposta foi objetiva: Só negociaria se tivesse a garantia que a concorrente não patrocinasse mais o Tricolor. Peter concordou e a Nike, então, apresentou uma proposta. O mandatário levou a oferta para a Adidas, que cobriu. Em seguida, Peter avisou aos dirigentes americanos, que, furiosos, abandonaram as tratativas.

– Quando a Adidas anunciou que iria fechar com o Flamengo, o Peter ficou louco. Começou a discussão com os caras. Aí, mandou procurar a Nike, para fechar. A Nike disse que não faria proposta enquanto a Adidas estivesse ali dentro. Aí, ele foi à Alemanha, teve com a Adidas, procurou com os caras da Nike e disse que a Adidas iria sair. Aí a Nike fez uma proposta e ele a levou para a Adidas e não voltou para avisar os caras da Nike. Eles descobriram pela imprensa. O Peter mente em tudo, como o Abad disse: no contrato da Roberta, no do Maracanã, para a Adidas, para o torcedor – criticou Jackson Vasconcelos, diretor geral do Fluminense na ocasião.

Idel Halfen, vice-presidente de marketing do Fluminense na ocasião, dá sua versão da história:

– O Fluminense foi procurado pela Nike na época (2013/2014), ela fez uma proposta, mas de qualquer forma, pelo contrato que o Fluminense tinha com a Adidas, tinha de comunicar à empresa alemã. Se ele (Peter) comunicou alguma coisa para a Nike ou não, é um problema dele. Como não fui eu que iniciei as tratativas, não tive como ligar para a Nike avisando que não iríamos fechar com eles. Meu fornecedor era a Adidas e como tal era a minha prioridade. Sabia que tinha proposta da Nike, participei da reunião, mas havia um contrato em vigor, que não me permitia rescindi-lo.

Para que acontecesse a reaproximação, os responsáveis pela negociação, ainda em estágio inicial, tiveram de explicar a Nike que Peter Siemsen está deixando a presidência tricolor. Isto, segundo o NETFLU apurou, facilitou as conversas. O processo, porém, não é imediato, pois depende das eleições. Em 26 de novembro, o Fluminense escolhe seu novo gestor.

Oficialmente, o Fluminense não confirma as tratativas com a Nike, mas o vice-presidente de projetos especiais do tetracampeão brasileiro, Pedro Antônio, mencionou a reaproximação no evento do candidato Pedro Abad na última quinta, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro.

Em relação a Dryworld, a equipe do site número 1 da torcida tricolor averiguou que o Flu acionará a empresa canadense pela falta de pagamento. Caso vença a ação, Marcelo Sá, ex-gerente de marketing, também receberá uma fatia. No acordo com a Dryworld, o Conselho Diretor do Fluminense aprovou  comissionamento de 5% para o profissional, responsável pelas negociações com os canadenses, mesmo se deixasse o cargo no clube até o fim do contrato.  Se o compromisso com a empresa for rescindido, o ex-dirigente para de receber.

O contrato com a Dryworld expira em 2021 e previa a quantia de R$ 13,5 milhões por ano em verba fixa. No total, com peças e royalties, o acordo ultrapassaria a casa dos R$ 20 milhões anuais. Materiais para os Esportes Olímpicos não foram repassados e há atraso de vários meses de pagamento.