Diante deste panorama, que foi potencializado por conta da foto do menino sírio Aylan Kurdi, de três anos, resgatado morto, por um policial na praia de Ali Hoca, em Bodrum, na Turquia, torcedores do Fluminense resolveram agir. Com a chancela do clube, eles conseguiram que cinco pequenos refugiados da Síria entrassem no campo com o elenco, antes do Fla-Flu, neste domingo. Fugindo dos conflitos entre os curdos e o estado islâmico, principalmente em Kobane, eles serão brindados ganhando, cada um, o uniforme do Fluminense. As camisas passarão às mãos dos jovens sírios através de jovens torcedores do Tricolor.
É importante destacar que o craque Ronaldinho Gaúcho também irá leiloar uma camisa autografada, em prol dos refugiados. O valor total arrecadado será doado para a “Eu Conheço Meus Direitos” (IKMR na sigla em inglês), uma ONG brasileira, reconhecida pela Organização das Nações Unidas (ONU), que tem como objetivo promover a defesa dos direitos das crianças que estão refugiadas no Brasil.
Os pedidos de asilo na Europa se acumulam. Em poucos meses de 2015 , por exemplo, a Alemanha e a Hungria receberam mais solicitações do que em todo o ano passado. As informações dão conta de que 438 mil refugiados clamaram por abrigo nos países da União Europeia só neste ano.
O que se espera, com esse gesto do futebol, representado pelo Fluminense, é que a “paz e a esperança” reacendam antes do apito inicial, transformando-se num símbolo que possa contribuir para o atual momento do planeta. E que o “vigor, unido e forte pelo esporte” entre em campo quando a bola rolar. É desejo de todos que o sonho de um mundo melhor não morra na praia.