(Foto: Nelson Perez - FFC)

Depois de uma longa espera, a juíza Dalva Macedo deu a sua sentença no caso Gustavo Scarpa. A magistrada, da 70ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro, considerou improcedente a reclamação do meia, que buscava a rescisão unilateral com o Fluminense. Desta forma, o vínculo contratual do jogador com o clube  está mantido e ele não pode defender o Palmeiras. Um dos principais executivos da Ernst % Young, empresa que prestou consultoria financeira ao Tricolor, Alexandre Rangel corroborou com a decisão. Para ele, o veredicto foi importante para o futebol brasileiro.

– Meu comentário é sobre uma situação geral do futebol, onde você hoje tem várias instâncias de recursos de jogadores, até de clubes concorrentes para denunciar clubes que fazem atraso de salário. Seja o próprio jogador, empresário, sindicato… mas ninguém faz essas denúncias, porque as pessoas se acomodam. Eu gostei da decisão porque vai contra o senso comum. As pessoas vão achar que foi absurdo, mas é bom para o futebol, porque tira essa acomodação dos jogadores e até dos clubes rivais de denunciar. Acho que fica positivo – disse ao NETFLU.

 
 
 

De acordo com o profissional, a atitude dos clubes em não delatar outros é para evitar que eles mesmos sejam denunciados quando incorrerem em erros. A resolução da juíza no caso Scarpa, porém, pode servir para uma mudança de cenário.

– Existe esse acordo tácito, mas precisa acabar. Sem conhecer os detalhes do caso, esse precedente é positivo. Olhando pela regulação do futebol, que é onde eu trabalho, isso é bom – concluiu.

Responsável por toda a área de esporte na América do Sul na Ernst & Young, Alexandre também falou sobre o caso num comentário feito em cima de uma matéria onde o NETFLU havia disponibilizado a sentença na íntegra do caso na íntegra. Confira: