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Se ninguém ainda é capaz de afirmar quando os campeonatos poderão ser retomados, algumas possibilidades já estão sendo levantadas. A Federação Nacional de Atletas de Futebol (Fenapef) encaminhou uma sugestão à CBF para fazer, quando os torneios recomeçarem após a quarentena por conta do coronavírus, um ajuste em relação à obrigação de intervalo entre as partidas. Se hoje a regra é que entre um jogo e outro de uma equipe tem de se passar 66 horas, a entidade trabalha com a possibilidade de 48 horas.

A ideia é que a redução neste intervalo se dê em acordo geral entre CBF, federações e Fenapef. No Rio, o intervalo mínimo é de 60 horas.

 
 
 

— Falei com o presidente (Rogério) Caboclo (da CBF) no início da paralisação. Também com o Rubinho (presidente da Ferj). Rubinho achou espetacular. Ouviram (Caboclo e Rubinho) com agradecimento. Estão vendo que todos querem solucionar uma coisa tão grave. Nosso entendimento é de colaborar, encontrar saídas. Os atletas são sensíveis ao que está se passando – disse Felipe Augusto Leite, presidente da Fenapef.

Por conta dos grandes prejuízos, a Fenapef tenta tal medida pensando na manutenção dos empregos no futebol brasileiro. Felipe Augusto Leite, inclusive, afirma que, em caso de acordo neste sentido, não há risco de denúncias sobre a quebra do regulamento (celebrado em 2017 entre CBF e a própria entidade).

— A sugestão é num momento de excepcionalidade extrema. Precisamos manter postos de trabalho. Não vou ser eu que vou fazer isso (denunciar a infração do regulamento de 66h). Estamos em caráter excepcionalíssimo. Não vamos botar clubes de dois em dois dias para jogar várias vezes. Um joga uma vez, outro joga e vai acomodando para não sobrecarregar ninguém – comentou.

O que diz o regulamento hoje?

Em 2017, a CBF emitiu resolução – também para as federações estaduais – para colocar no regulamento o acordo com a Fenapaf. De 2018 em diante afixou nos regulamentos a regra geral de intervalo de 66 h entre partidas. O descumprimento do previsto no Regulamento Geral de Competições é sujeito a julgamento e sanções em tribunais desportivos.