Felipe observa sempre a movimentação dos homens de frente para executar os passes (Foto: Nelson Perez - Divulgação FFC)
Felipe observa sempre a movimentação dos homens de frente para executar os passes (Foto: Nelson Perez – Divulgação FFC)

Jogador de técnica apurada no passe, Felipe falou um pouco sobre sua característica mais forte. Dotado de uma visão de jogo acima da média, o apoiador do Fluminense conta como desenvolveu o fundamento.

– Na lateral era difícil de acontecer a oportunidade para enfiar uma bola. Eu ia na linha de fundo e rolava a bola para trás, ou cruzava. No meio campo, desenvolvi um novo estilo. Até solto a bola de lado, mas a minha primeira intenção é a frente. Sempre prestei muita atenção no deslocamento dos atacantes e na tentativa do defensor em interceptar a bola. A partir daí, comecei a enfiar a bola no ponto futuro da maneira mais precisa possível. O passe agudo é o que nos leva a criar as melhores oportunidades. É mais arriscado, mais difícil, mas é essencial – disse, complementando:

 
 
 

— A maioria dos meus passes são rasteiros. É muito difícil eu levantar a bola. Isso é devido ao futsal, onde eu comecei a jogar aos seis anos de idade. Hoje, o esporte ficou muito forte na marcação e o preparo físico também aumenta a movimentação. No salão, o passe correto é fundamental, já que o espaço é curto e o pensamento tem que ser muito rápido.

Por fim, Felipe comentou também que o posicionamento e movimentação dos homens de frente é fundamental para o sucesso das jogadas. Além disso, procura utilizar também o drible como arma para limpar os lances e encontrar os atacantes com passes mais precisos.

— Eu, particularmente, procuro olhar sempre onde está o defensor. Procuro sempre dar o passe do lado oposto ao da posição de quem marca, para tentar evitar a antecipação. Também tenho a preocupação de facilitar o domínio do companheiro. O posicionamento do atacante na linha de impedimento também é muito importante. Nesse aspecto, o entrosamento é fundamental. Essas são características que eu aprimorei ao longo dos anos, com a experiência. Também joguei ao lado de jogadores muito inteligentes, como o Ronaldo, o Romário, o Edmundo, e isso agregou muito nesse aspecto. Eu procuro sempre atrelar o drible ao toque de bola. Sempre busco passar do marcador para efetuar um bom passe. Com o tempo, você vai perdendo um pouco da arrancada e os dribles tem que ser dados nos momentos mais adequados. Quando eu era mais novo, tinha uma explosão muito grande em um curto espaço, por isso todo mundo sabia que eu ia levar para a esquerda, mas mesmo assim eu conseguia levar a bola. Eu dificilmente saia em velocidade, pelo contrário. Na maioria das vezes eu partia de um momento parado e tirava o marcador. Hoje, uso muito mais a experiência e consigo identificar o momento certo para tentar a jogada individual, sempre visando o passe em seguida — finalizou.

No sábado, Felipe foi importante para a vitória do Fluminense sobre o Goiás ao iniciar com um belo passe para Biro Biro a jogada que culminou no segundo gol do triunfo por 2 a 1, marcado por Rafael Sobis.


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