Felipe Melo enfrenta processo por conta de aluguel da casa que morava quando atuava em São Paulo (Foto: Lucas Merçon - FFC)

Multicampeão em sua carreira, Felipe Melo está atrás da taça que lhe falta no futebol brasileiro: o Mundial de clubes. O veterano já conquistou estaduais, Brasileirão, Copa do Brasil e três Libertadores. Agora quer mais. Em entrevista, brincou com a fama de “chama título” e destacou a seriedade com que leva a profissão dentro de campo.

– Eu sou um exemplo dentro do grupo, assim como existem outros. O futebol te permite que jovens sejam exemplos e mais experientes também, tanto de forma positiva quanto negativa. Quando se vê um atleta de 40 anos precisanso recuperar e tirar a bola do jeito que tirei, acaba sendo uma gasolina pro time. Quando falamos em família Fluminense é isso. Não tem time perfeito, que não erra. Procuramos errar o menos possível, defender o gol do Fábio. Conseguimos passar da semifinal, mesmo errando, sem tomar gols. 2 a 0 numa equipe difícil, considerada o Real Madrid da África, que está sempre no Mundial. Chamar títulos é legal, bacana pra caramba, mas dentro da minha casa procuro passar pros meus filhos disciplina. Tendo disciplina, você consegue. Eu sempre procuro o que posso fazer para melhorar dentro de campo, como companheiro, como líder. Título é consequência. Gosto de dar valor a cada título que tenho, com a mesma importância – disse ele, complementando:

 
 
 

– Tudo começou quando vencemos a Taça Guanabara, que para muitos é uma coisa pequena, mas dá confiança pra sequência. No Palmeiras, pra mim começou com a Florida Cup, que pra muitos não é nada, mas para mim foi muito. Hoje eu sou muito feliz de fazer parte da família Fluminense. Eu sentia que merecia passar por um grupo maravilhoso como esse do Fluminense, um grupo que se ama e tem demonstrado dentro do campo. Eu boto a armadura no Fluminense, vou pro campo, penso nos meus filhos, na comida deles, no futuro deles, não tem risada. É seriedade. Brincadeira não te leva a conquistas. Fora de campo eu sou um cara divertido demais. Em casa eu brinco com todo mundo. Lá em casa, acho que na do professor Diniz também deve ser assim, quem manda é a esposa (risos). Às vezes ela me dá esporro que eu estou brincando demais. Mas dentro do campo é coisa séria – encerrou.