Fidelidade para ter prioridade

Fala, galera!

 
 
 

Quem aqui gostaria de ser sócio do Fluminense e não é? Imagino que muitos tricolores estejam nessa situação, incluindo eu. Cada um com o seu motivo, mas analisando superficialmente o plano de sócio-torcedor do Flu, penso que o clube, infelizmente, não facilita.

Fui sócio durante alguns anos, mas, durante a época que ficamos itinerantes, acabei cancelando. Afinal, ser afiliado do Fluminense ainda está muito atrelado à experiência de ir aos jogos.

Agora seria o momento adequado na jornada de compra de qualquer tricolor interessado em se associar. A inteira para a primeira final do Carioca custa R$ 60. Se o sócio “Eterno Amor” é R$ 35 e dá direito a meia entrada, com apenas 5 reais a mais é possível virar sócio e ir ao Fla x Flu da final.

Mas é aí que entra o grande problema. O programa Sócio Futebol, gerenciado pela empresa CSM, atualmente, não permite que o associado efetue pagamentos mensais. Apenas semestral ou anualmente. Que tal facilitar a vida do torcedor, verdadeiro dono do Fluminense? Para tornar sócio, é necessário efetuar o bloqueio do período inteiro no cartão de crédito ou o pagamento via boleto, de um período de três meses mais taxas.

Pagar em períodos maiores tem de ser um benefício e não uma necessidade. Quem aporta um valor semestral ou anual deveria obter desconto no valor da assinatura e não ser um pré-requisito para virar sócio do clube que ama e deseja apoiar nas arquibancadas. Nem isso ocorre.

Para piorar, o plano “Tricolor de Coração”, que dava 100% de desconto no valor do ingresso, está há bastante tempo esgotado. Por que esgotado? Imagino que seja por conta da indefinição quanto ao Maracanã. Mas não importa. Precisamos fidelizar para ter prioridade. Independentemente de onde jogarmos, a prioridade de compra deveria ser dos torcedores com maior pontuação de fidelidade. Semelhante ao que já fazem Palmeiras e Corinthians, que sempre estão com as arquibancadas cheias. Não importa a competição ou o adversário. No Palmeiras, inclusive, se o torcedor adquirir o ingresso e não for ao jogo, perde pontos.

Se a partida for em Edson Passos, os primeiros 10 mil sócios ativos e melhor ranqueados que quiserem ir ao jogo, bastariam fazer o opt-in. No Maracanã, os primeiros 40, 50 mil ativos e ranqueados. E assim sucessivamente.

Poderia ser muito mais simples se associar e fidelizar o sócio-torcedor. Simples como assinar um seguro auto no aplicativo, um plano dental, o via fácil, etc. Cartão de crédito, boleto bancário e até débito em conta poderiam ser aceitos. Ah! E o boleto mensal por e-mail, para quem não tem cartão de crédito. Vamos ser sustentáveis! Nada de papel.

Não será dessa vez que voltarei a ser sócio. O jeito é encarar a bilheteria mesmo, seja para compra ou troca pela Internet. Mesmo com as dificuldades, vamos pra cima, Fluzão!