Todos os atletas do futebol profissional do Fluminense recebem um monitoramento fisiológico quase que diário ao longo do ano. São exames de sangue, termológicos e acompanhamento durante jogos e treinos com uso de GPS’s para garantir a melhor forma dos jogadores. A rotina se repete por 11 meses, mas em dezembro o cenário muda. No mês das férias, é comum os jogadores relaxarem e se descuidarem de alguns aspectos

– O atleta tem que tomar cuidado, não tem jeito. É normal, nesse período, uma dieta mais flexível, mas não pode ser todo dia. Eles recebem uma orientação da nutricionista em relação a isso. Outra possibilidade são os treinos de manutenção. É possível realizar alguma atividade com volume, frequência e carga muito menores, só com o objetivo de atenuar o destreino. O descanso faz parte do processo de treinamento, você tem onze meses de período competitivo, então essa transição é necessária tanto no aspecto físico, quanto emocional para que o atleta possa dar sequência na temporada seguinte. – destaca o fisiologista do Fluminense Juliano Spineti.

 
 
 

O destreino citado por Juliano é a interrupção de treinamento físico por um período, o que pode causar perda da resistência cardiorrespiratória, do peso muscular e incremento do peso de gordura.

– Cada atleta tem um aspecto físico e predisposições diferentes, então a gente tem que levar em consideração como esse atleta está acabando a temporada. Se ele está voltando de lesão, precisa de um cuidado especial. Mesmo respeitando o descanso, ele não pode parar, não pode interromper por total esse processo. Tem também a questão da idade. Quanto mais velho, mais suscetível ao destreino – explica o fisiologista

Juliano Spineti trabalha com o elenco profissional do Fluminense desde o início desta temporada e as informações recolhidas ao longo do ano continuarão sendo utilizadas em 2018

– Para qualquer variável que a gente use para monitorar os atletas, nós já teremos médias e metas traçadas. Ficará muito mais fácil fazer a analise e tomar decisões – disse.