Ainda há muita coisa para acontecer. Ver a Justiça rescindir o contrato de seus atletas — e, com isso, perder o direito de lucrar com suas transferências — é apenas uma das dores de cabeça do Fluminense. Processado por três jogadores (Gustavo Scarpa, Henrique e Diego Cavalieri), o Tricolor corre o risco de sofrer prejuízo milionário. Se for condenado, o clube pode ter que pagar R$ 24,7 milhões.

A matéria do portal Extra Online dá uma ideia do tamanho da dívida tricolor com seu elenco, como pode ser sinalizado nas ações, que mostram que o depósito do FGTS é o calcanhar de Aquiles. O caso de Henrique é um dos mais graves. O débito com o zagueiro, que cobra R$ 9,1 milhões, é extenso. Na petição inicial, ele acusa o clube de dever férias e o 13º (2016 e 2017), um mês e nove dias de salário, 17 parcelas do FGTS (relativas a 2015, 2016 e 2017), além do prêmio pelo título da Primeira Liga-16.

 
 
 

Já dívida com Diego Cavalieri, que cobra R$ 6,2 milhões, também é grande. Na ação, ele reclama o não pagamento de férias e 13º (2016 e 2017), quatro meses de direitos de imagem, um mês e dez dias de salário e 20 parcelas de depósitos do FGTS).

O caso de Scarpa, que cobra R$ 9,4 milhões, só é menos grave porque o clube pagou, em janeiro, parte do que lhe devia. Mas não quitou tudo. O Fluminense ainda lhe deve quatro meses de direito de imagem e o 13º de 2016. Mesmo assim, o atleta está livre no mercado, por ora.

Scarpa, no entanto, pode ter dificuldades para acertar com algum interessado. Isso porque, se o Fluminense reverter a decisão, quem contratá-lo terá que pagar multa. Este imbróglio deve durar, no mínimo, até o dia do julgamento, em 16 de abril.

Outro caso com julgamento marcado é o de Henrique. O processo do zagueiro, que também conseguiu a liminar para acertar com outro clube (mas ainda não teve a rescisão publicada no BID), será julgado no dia 25 de junho.

Só Diego Cavalieri ainda aguarda uma decisão da Justiça. O goleiro ainda não teve seu pedido avaliado. A juiza Cristina Almeida de Oliveira, da 31ª Vara do Trabalho, pediu para o Fluminense se defender antes de emitir um despacho.