(Foto: Nelson Perez - FFC)

No próximo dia 30, os conselheiros votarão o orçamento do Fluminense para 2017. A previsão enviada ao Conselho Deliberativo não é das mais animadoras. A gestão do presidente Pedro Abad prevê um déficit de R$ 75 milhões. Tal resultado pode obrigar o clube a vender algum jogador neste ano e reforça a necessidade de novas receitas chegarem, como um patrocinador master.

O clube enviou um documento de 26 páginas aos conselheiros. Neste documento, mostra também já trabalhar em conjunto com a Ernst & Young, empresa que indicou dez ações para melhorar o quadro.

 
 
 

– A gente procurou fazer um orçamento extremamente pé no chão. A premissa foi essa. Diferentemente do que já ocorreu em anos anteriores, a gente procurou ser muito conservador. Isso obviamente impacta nesse resultado. Foi um trabalho mais minucioso, mais detalhado. O orçamento passa a ser, mais do que nunca, uma ferramenta de gestão. Foi essa a lógica que a gente tentou implementar. Há meta para os gestores de todas as áreas, para que haja acompanhamento do orçado e do realizado. Todos os meses, com relatórios – explica Roberta Fernandes, CEO do Tricolor, completando:

– Conforme disse o próprio presidente, a venda de jogador é uma receita comum nos clubes, é importante, sem dúvida. Desde que alinhado com o corpo técnico, ela precisa acontecer de fato. É uma receita que contamos para fechar o ano. Oportunidades surgem o tempo todo. Há avaliação do presidente, do comitê e do futebol. Mas é uma realidade, com o Fluminense não é diferente. Até porque estamos falando de déficit significativo. É óbvio que vamos buscar outras frentes, como redução de despesas, o que é uma meta. Se vai buscar novas receitas, se potencializa o Sócio Futebol. Isso não significa dizer que não precisa de venda para fechar. É claro que tem de ser criterioso, avaliado com calma. É preciso saber se é uma oportunidade que salte aos olhos, que valha a pena. Ao vender um jogador, tem de repor. Isso também tem de ser estudado.

Na previsão orçamentária, a receita extraordinária é de R$ 35 milhões. Do grupo, Gustavo Scarpa é o jogador mais valorizado, mas Douglas e Richarlison também chamam a atenção de clubes do exterior. Ainda não há nenhuma negociação em curso.