O Fluminense fez jogo de igual para igual com o Corinthians, mas cometeu falhas infantis que custaram, pelo menos, um pontinho valioso no Itaquerão. Depois de um primeiro tempo sem inspiração, o Tricolor voltou melhor do que o Alvinegro, teve chances até de virar a partida, mas os erros individuais impediram um melhor resultado na capital paulista. Os donos da casa venceram por 2 a 1, gols de Rodriguinho. Richard diminuiu para o Tricolor.

Aqueles habituais 15 minutos de pressão do time da casa não ocorreram no confronto desta tarde de domingo. O Fluminense armou um ferrolho que impedia o Corinthians de evoluir com a bola nos pés. Sem a pelota, Abel Braga montou o time com uma linha de cinco a frente de Júlio César, outra de quatro no meio-campo e apenas Pedro mais a frente.

 
 
 

Quando tinha a posse, o 5-4-1 se transformava em 3-5-2 com os dois alas mais avançados. Mas faltava qualidade técnica. Porque ofensivamente, os donos da casa, sem uma referência na área, só tocavam de lado e para trás. O Fluminense, bem postado, não dava brechas, mas também não atacava.

Por alguns momentos do jogo, os olhos teimavam em não ficar abertos. Sim, estava dando sono. Salvo raras exceções, partidas contra o Corinthians são sempre truncadas, feias, de poucas finalizações e chances criadas. Mas a primeira delas no primeiro tempo foi do Flu.

Richard achou Pedro pelo meio, o camisa 9 dominou e tinha todas as condições para chutar de direita. Inexplicavelmente levou a bola para o pé esquerdo, facilitando a marcação. A conclusão saiu mascada. E era só isso, até que a defesa tricolor, que não havia vacilado, deu um mole danado.

Praticamente no último lance do primeiro tempo, Romero limpou Frazan, que entrou aos 23 minutos no lugar de Ibañez, lesionado, Rodriguinho antecipou Gum e Júlio César nada pôde fazer na cabeçada certeira. Um castigo para um time que se defendia bem, mas não atacava. O Corinthians também não havia chegado, mas na primeira chance efetiva, gol.

O segundo tempo começou diferente, com os times buscando o ataque. O Flu tentou uma vez e na segunda, conseguiu o empate. Improvável. O lateral pra área, tão adorado por Abel, foi a origem do gol. Ayrton arremessou, Pedro, de forma inteligente, tocou de cabeça e Richard entrou como elemento surpresa. O volante fuzilou para as redes: 1 a 1.

E a dose quase foi repetida. Novo lateral para a área, a bola sobrou para Pablo Dyego, que chutou forte. Ela bateu na zaga para sorte dos alvinegros. Tinha endereço!

O empate melhorou demais a partida. Franca, aberta, com os dois times buscando o gol. O Fluminense, especialmente, teve uma evolução notória e passou a jogar mais do que o time da casa. Acumulou chances. Pedro, que teve participação decisiva no gol, demorou a concluir os lances e saiu para a entrada do estreante João Carlos.

Com o passar do tempo, porém, a bola não parou na frente e o Fluminense voltou a recuar muito. Para variar, novo erro de marcação. Emerson Sheik recebeu nas costas de Renato Chaves, que ficou olhando, e Rodriguinho, livre, desempatou. O detalhe: Quatro jogadores estavam dentro da área e só observaram o meia marcar o gol da vitória. Derrota doída, especialmente pela boa atuação na etapa final.

O Flu jogou com: Júlio César; Renato Chaves (Marcos Júnior), Gum e Ibañez (Frazan); Gilberto, Richard, Jadson, Sornoza e Ayrton Lucas; Pablo Dyego e Pedro (João Carlos).