(Foto: Divulgação/FFC)

Precaução em vista. O Fluminense ainda tem mais dois pagamentos a fazer, que totalizam cerca de R$ 6,9 milhões, até o final do ano, para encerrar sua dívida com o Independiente Del Valle (EQU). Entretanto, a diretoria do clube das Laranjeiras não quer correr mais riscos de ser punido pela Fifa. Para tal, pretende pagar antes do prazo as duas últimas parcelas do acordo, embora ainda não tenha definido uma engenharia financeira para colocar a ideia em prática.

O Tricolor não fez o pagamento de uma parcela de pouco mais de 500 mil dólares (R$ 2,58 milhões) em dezembro do ano passado ao Del Valle. Irritados, os dirigentes do clube equatoriano iriam acionar a Fifa, mas aceitaram uma repactuação na condição de que o clube pagasse, até o fim de março, o valor devido em dezembro além de uma antecipação da parcela que de pouco mais de 500 mil dólares que vence só no meio do ano.

 
 
 

Unindo isso aos juros e multa, o clube precisou desembolsar 1,5 milhão de dólares (R$ 7,75 milhões). Quase três parcelas pelo preço de duas. Não pagando, correria o risco de sofrer uma série de punições da maior entidade do futebol mundial, já que o processo foi vencido pelo Dell Vale junto à Fifa.

Para título de curiosidade, o Tricolor investiu R$ 9 milhões parcelados na aquisição do lateral-esquerdo Cris Silva, que veio do futebol da Moldávia. Neste ano, o Fluminense desembolsou R$ 1 milhão pelo empréstimo de Nathan, além de salários acima de meio milhão para Felipe Melo e Willian. Anteriormente, adquiriu Caio Paulista, também parcelado, por R$ 8 milhões. O presidente Mário Bittencourt usou como justificativa a venda de Luiz Henrique, por exemplo, o fato do clube correr riscos de ser punido pela maior entidade do futebol mundial, caso não cumprisse o combinado com os Del Valle.

Orejuela e Sornoza foram contratados pelo Fluminense no final de 2016 ao Del Valle, no final da gestão Peter Siemsen. O Tricolor demorou quase dois anos para pagar uma parcela definida para 2017. A partir daí, o clube equatoriano acionou à Fifa, denunciando o não cumprimento do Fluminense e o processo se estendeu até a decisão, quatro anos depois.

Na época, a ideia nas Laranjeiras era usar parte do dinheiro da venda de Richarlison para manter o pagamento em dia dos equatorianos. Porém, foi priorizado regularizar os direitos de imagem atrasados com o grupo naquela época e, ainda, contratar Robinho, ao Figueirense, por cerca de R$ 7 milhões.