Que sufoco hein meus amigos?? Todos sobreviveriam à nossa vitória contra o Santa Fé?? Mas a Libertadores 2021 não é para amadores e essa semana já temos um novo desafio. Hora de pensar em mais um colombiano, o Atlético Junior. Mais conhecido no Brasil como Júnior de Barranquilla.

Nosso adversário virá bastante desfalcado na quinta-feira. A dupla de zaga titular formada por Mera (contundido) e Ditta (suspenso por acúmulo de cartões amarelos) não estará presente e suas ausências serão sentidas. Inclusive deve haver uma improvisação no setor com a escalação de Martinez, que vem jogando de volante, mas é zagueiro de origem, no lugar de Ditta.

 
 
 

E pode haver desfalques no setor ofensivo também. O experiente e talentoso atacante Téo Gutierrez vem desfalcando o time nos últimos jogos em virtude de uma inflamação de tendão, mas tem chances de ser relacionado pelo menos como opção no banco de reservas.

O Junior tem um time bastante experiente, forte fisicamente e técnico, apesar de lento. É organizado e varia bastante o plano estratégico de acordo com o adversário, com o mando de campo e momento no campeonato. Mas o que nunca muda é que quando tem a bola o Junior busca trabalhá-la de pé em pé.

Por ter feito apenas 1 ponto nos dois primeiros jogos, e por ser mandante, espera-se que o time de Barranquilla busque propor o jogo adiantando suas linhas e ocupando o campo de ataque. Provavelmente nosso adversário terá mais posse de bola e tentará pressionar nossa saída de bola. Mas não necessariamente isso é uma péssima notícia.

Primeiro porque o Junior tem bastante dificuldade na recomposição defensiva quando adianta suas linhas. Segundo por pressionar a saída de bola adversária com dois jogadores, o que facilita a costumeira saída com linha de 3 do Fluminense, com Martinelli buscando a bola entre os zagueiros. E por último, porque apesar de trabalhar muito a posse de bola, o Junior costuma trocar muitos passes na faixa central do campo, numa região distante do gol adversário. Dando uma impressão de falso domínio, com posse de bola, porém criando poucas oportunidades reais de gol. Inclusive com baixo índice de acerto nas finalizações.

Por jogar num 4-4-2 com 2 volantes de muita imposição física, em especial Didier Moreno, e pouca aproximação do ataque, o Junior de Barranquilla tem dificuldade de armar o jogo por dentro. A alternativa encontrada quase sempre é trabalhar pelos lados com associações entre os meias e os laterais que apoiam com qualidade.

O destaque absoluto do time é o centroavante Miguel Borja, ele mesmo… ex-jogador do Palmeiras. Desde sua chegada, no início de 2020, Borja fez 31 gols em 52 jogos pelo Junior. Nada mal hein..

É a grande referência técnica do time, e é sempre procurado pelos companheiros na zona de finalização das jogadas. Forma perigosa dupla de ataque com Teo Gutierrez que se não jogar será substituído pelo venezuelano González, que é mais dinâmico, mas muito abaixo de Teo tecnicamente e no poder de definição. De qualquer forma será um ótimo teste para a melhor dupla de zaga do Brasil, digo, da América do Sul.

Outro destaque a ser citado é o meia esquerda Hinestroza, o mais habilidoso do time, apesar de não ser veloz, que costuma dar muitos passes para finalizações dos companheiros.

Pontos fracos a serem explorados existem, então vamos ao mapa da mina. O goleiro Viera, apesar da experiência, liderança e de ser um jogador histórico com 10 anos de clube, apresenta grande deficiência nas saídas pelo alto. Quase nunca sai do gol em jogadas de bola parada cruzadas em sua área, o que costuma fazer com que esse tipo de jogada leve muito perigo ao gol do Júnior.

Outro ponto fraco da defesa é a já citada lentidão na recomposição. Em terceiro lugar vem uma dica importante. Quando o adversário aprofunda a jogada, a defesa do Junior costuma afundar muito na área dando grande espaço na sua entrada para chutes de fora.

Será que pode rolar a boa e velha chapada do Nenê?? Minha dica é trabalhar cruzamentos para trás ou posicionar o Nenê na sobra, como quem não quer nada na meia lua, nas jogadas de fundo pro Fred. Por hoje era isso.

Vamos com tudo, Torcida Tricolor, o sonho da Libertadores é cada vez mais real. E uma coisa é mais certa que a bola, na quinta tem gol do Dom.

Time base do Junior de Barranquilla: Viera, Viáfara, Rosero, Martinez e Fuentes, Moreno, Vásquez, Pajoy e Hinestroza, Teo Gutiérrez (González) e Borja.

Curiosidades:

– Fred e Borja estão empatados com 21 gols na carreira em jogos pela CONMEBOL Libertadores;

– Esse número faz Fred ser o quarto maior artilheiro do Brasil na história da competição e Borja ser o segundo maior artilheiro da Colômbia;