No último jogo, Ganso chegou a ser vaiado, mas foi defendido por Diniz (Foto: Marcelo Gonçalves/FFC)

Jk ou Ganso, essa parece ser a dúvida do Fernando pro jogo de hoje no Maracanã. Não se trata apenas de um dúvida simples.

A escolha do Diniz revela como o Fluminense vai se estruturar pra ganhar esse jogo.

 
 
 

Com um ou outro teremos dois times completamente diferentes na sua forma de atacar, defender, organizar-se.

Num passado mais distante e num recente a gente tem um breve histórico dessas formações.

Os grandes jogos do Fluminense no ano, acho que poucos irão discordar disso, foram a goleada no Fla e o 5 a 1 no River na formação com Ganso.

Formação essa que leva o Cano mais pra dentro da área, libera mais o Marcelo com o suporte de um meio campo com André, Alexsander e PH Ganso, deu mais liberdade ao Arias pra flutuar entrelinhas quando houve opção pelo ataque não posicional e leva o Alexsander mais pra dentro da última linha adversária.

Por outro lado, em muitas oportunidades, faltou contundência, principalmente nos jogos em que Arias e Keno jogaram abertos.

Como Ganso não é jogador de chegar tanto e é mais organizador, o Flu ficava sem um jogador mais centralizado, que encostasse em Cano e chegasse na área.

A formação com JK foi um sucesso num jogo muito específico. Um Olímpia de linhas muito baixas.

No Maracanã, dois centroavantes agredindo a defesa do adversário o tempo todo, pressionando saída de bola, disputando todas enquanto Arias e Keno alargavam as linhas oponentes.

No Paraguai, Cano passa a exercer o papel de sair da área e recompor por dentro e JK o de atacar os espaços de um time que precisava de gols.

Mas já no Paraguai, essa formação demonstrava certa fragilidade na defesa da área e na recomposição quando a bola era lançada do lado em que o Flu não estava atacando ( gol do Olimpia).

Até ficar em superioridade numérica, os paraguaios, mesmo do seu jeito feio, haviam criado mais chances.

Essa formação com Jk, e dessa vez sem Ganso, ainda jogou de início contra Fortaleza, Vasco e Cruzeiro. E o Flu não foi bem ofensivamente nem nos jogos em que venceu e contra o Vasco foi um caos defensivamente.

Trata-se de uma nova formação, que exige treino, acertos, ajustes e o Flu, não podemos esquecer, ficou muitos dias sem seu treinador.

É uma formação muito recente que tira demais o Cano da área, encastela Árias na esquerda e expõe ainda mais um lado esquerdo com Marcelo e Felipe que é muito frágil defensivamente.

Em compensação traz peso na frente, arraste, gente na área pra finalizar e, individualmente, a fase do JK é muito boa.

Eu não cogitei o Marcelo no meio porque Fernando é treinador e não torcedor.

Marcelo pode virar um grande meio campista, mas o tempo de observação disso é mínimo pra dar ao Fernando a confiança de que ele pode começar jogando uma semifinal de libertadores.

Marcelo se acostumou a fazer esse movimento de sair da lateral e ir pro meio campo, pro outro lado, ser influente no jogo e a equipe coletivamente está mais adaptada a essa situação.

Estar no meio é diferente de sair da lateral pro meio.

Diniz deve optar por Ganso, seria também minha opção.

Mas nem uma, nem outra formações seriam incoerentes afinal ambas foram testadas, treinadas e executadas.

Variações. Foi o que sempre foi cobrado do Diniz e ele tem entregue.

Acredito que a opção inicial será pelo cérebro desse time, o cara que coloca a bola embaixo do braço.

Até para ter a opção de ser mais agressivo caso o jogo peça.

Vai dar certo!

Confiem!

Saudações Tricolores